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  • Aposentadoria por idade para quem nunca contribuiu ao INSS é possível?

    Aposentadoria por idade para quem nunca contribuiu ao INSS é possível?

    Muitas pessoas acreditam que não é possível conquistar aposentadoria por idade sem nunca contribuir ao INSS, mas na verdade isso é possível em alguns casos específicos.

    Por exemplo, quando a empresa não faz os recolhimentos de INSS do empregado ou no caso de trabalhador rural com pelo menos 15 anos de atividade.

    Além destes casos, as pessoas com 65 anos ou mais que nunca contribuíram ao INSS, podem receber um salário mínimo por mês (como se fosse uma aposentadoria) por meio do benefício chamado loas bpc, caso preencham os requisitos.

    Neste artigo vamos ver que a aposentadoria por idade sem contribuição não é muito comum para a maioria dos casos, mas existem algumas possibilidades de acontecer.

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    Dito isso, vamos ver cada um dos casos em que é possível conseguir a aposentadoria por idade sem precisar de contribuições ao INSS?


    Casos de aposentadoria por idade sem contribuição

    A aposentadoria por idade é um dos benefícios do INSS mais conhecidos, por isso muita gente que está se aproximando dos 60 anos e nunca pagou INSS se pergunta o que fazer nessa situação e se é possível se aposentar por idade sem nunca ter contribuído.

    Já vamos à resposta mais direta: na maior parte dos casos, não é possível se aposentar por idade sem ter contribuído ao INSS, mas existem situações específicas em que o trabalhador tem direito à aposentadoria por idade mesmo sem contribuir para a previdência.

    Além da aposentadoria por idade sem contribuições, que veremos a seguir, algumas pessoas a partir dos 65 anos têm a possibilidade de receber um valor mensal do INSS como se fosse uma aposentadoria, caso cumpram os requisitos do benefício de prestação continuada, também conhecido como bpc ou loas.

    Agora vamos ver em quais situações é possível receber aposentadoria por idade, mesmo sem ter feito contribuições diretamente ao INSS:

    1. Aposentadoria rural por idade;
    2. Quando a empresa ou patrão deveriam ter pago o INSS por você e não pagaram;
    3. BPC LOAS é um benefício que funciona como se fosse uma aposentadoria mas não exige contribuições ao INSS.

    Trabalhadores rurais podem se aposentar sem contribuir

    Aqui temos uma das situações mais interessantes da Previdência Social

    O trabalhador rural pode se aposentar sem nunca ter feito uma contribuição ao INSS.

    Como isso é possível? Vamos entender.

    Trabalhador rural – segurado especial do INSS

    O segurado especial é uma categoria única na previdência e, como o nome já diz, especial.

    O segurado especial é sempre um trabalhador rural que não tem a obrigação de pagar INSS, mas mesmo assim tem direito aos benefícios da previdência como a aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-acidente, pensão por morte, dentre outros.

    A lógica para o segurado especial é simples: reconhecendo que o pequeno produtor rural brasileiro historicamente não tinha condições de pagar INSS, a lei criou um sistema onde a própria atividade rural dá direito aos benefícios previdenciários sem a necessidade de contribuição.

    Para a lei, segurado especial a pessoa que vive em imóvel rural ou próximo a ele, e que exerce atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar, mesmo que tenha a ajuda de outras pessoas.

    Mas para ser considerado segurado especial, além de exercer atividade em regime de economia familiar, você precisa preencher vários requisitos.

    Vamos ver cada um deles?

    Requisitos para ser segurado especial

    A lei é bastante rígida em relação ao que considera como segurado especial.

    Por isso, os trabalhadores rurais precisam estar bem atentos a estes requisitos se quiserem ter direito aos benefícios do INSS sem a necessidade de contribuir.

    Todos os requisitos devem ser preenchidos, sem exceção.

    Se qualquer um dos requisitos não for cumprido, o INSS não irá considerar a condição de segurado especial e negar a seu direito a aposentadoria ou outros benefícios.
    Quem pode ser segurado especial:

    Os quatro grupos de pessoas abaixo podem ser reconhecidos pelo INSS como segurados especiais da previdência:

    1. Quem trabalha no campo e vive daquilo que produz, mesmo que não seja dono da terra.

    Pode ser o proprietário, alguém que tem permissão para usar a terra, que recebeu a terra em assentamento, que divide a produção com outra pessoa, que arrenda (aluga) ou que toma emprestado o terreno para trabalhar.

    1. Quem vive da extração de produtos da natureza, como seringueiros ou extrativistas.

    O extrativismo deve ser a principal fonte de sustento da família e a área trabalhada não seja maior que 4 módulos fiscais (um tipo de medida rural).

    1. Pescador artesanal que trabalha por conta própria, de forma tradicional, e que vive principalmente da pesca.

    Ou seja, quem faz da pesca sua profissão e principal forma de sustento. Isso também vale para outras pessoas que trabalham de forma parecida com o pescador artesanal.

    1. O marido, a esposa, o companheiro, a companheira e os filhos com mais de 16 anos que moram e trabalham junto com a família nas atividades do campo, da pesca ou da extração da natureza, podem ser reconhecidos como segurados especiais.
    Para que possam ser consideradas como segurados especiais, qualquer as pessoas destes grupos devem comprovar que realmente contribuem no trabalho familiar.
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    Como funciona a aposentadoria por idade rural

    A aposentadoria por idade rural não exige contribuições ao INSS.

    Para poder se aposentar por idade sem pagar INSS, vimos que o trabalhador rural deve preencher os requisitos para ser classificado como segurado especial.

    Ou seja, o primeiro requisito para a aposentadoria por idade rural é ter a condição de segurado especial.

    Para isso, é necessário preencher os requisitos que vimos no tópico anterior.

    Além da condição de segurado especial, o trabalhador rural que quer se aposentar por idade precisa comprovar pelo menos 15 anos de atividade porque, como vimos, esses trabalhadores não precisam contribuir ao INSS.

    💡
    Atenção: não são 15 anos de contribuição. O que precisa ficar comprovado são 15 anos de trabalho em atividade rural.

    Requisitos da aposentadoria por idade rural

    A aposentadoria por idade rural é uma das mais especiais do sistema previdenciário brasileiro.

    O trabalho no campo é exaustivo e as condições de vida destas pessoas nas áreas rurais é diferente.

    Por isso, o nosso sistema previdenciário permite que os trabalhadores rurais se aposentem mais cedo e sem pagar um centavo de INSS.

    Mas atenção, a aposentadoria do trabalhador rural que não exige contribuições é apenas a aposentadoria por idade. Se o trabalhador rural quiser se aposentar em outra modalidade, como a aposentadoria por tempo de contribuição, precisará contribuir ao INSS.

    Muitos trabalhadores rurais, mesmo sabendo que podem se enquadrar como segurados especiais, e que têm direito de se aposentar por idade sem pagar INSS, preferem contribuir com a previdência como segurados facultativos.

    Isso acontece porque a aposentadoria por idade do segurado especial, ou seja, esta aposentadoria que não exige pagamentos ao INSS sempre terá o valor de um salário mínimo.

    Por outro lado, os trabalhadores rurais que pagam INSS como segurados facultativos podem ter uma aposentadoria com valor maior do que um salário mínimo, dependendo do valor das suas contribuições.

    Agora vamos ver o que é preciso para ter direito à aposentadoria por idade rural.

    Idade mínima

    A idade mínima exigida aos trabalhadores rurais para a aposentadoria é menor do que a idade exigida aos trabalhadores das cidades.

    • Mulheres: 55 anos completos.
    • Homens: 60 anos completos.

    Isso significa que os trabalhadores rurais se aposentam mais cedo. No caso das mulheres, 7 anos antes e no caso dos homens 5 anos antes, em comparação com os trabalhadores urbanos.

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    15 anos de trabalho rural

    Como a aposentadoria por idade rural não precisa de contribuições ao INSS, o trabalhador rural não precisa comprovar tempo de contribuição, mas sim tempo de trabalho efetivo no campo.

    • 15 anos (ou 180 meses) de atividade rural comprovada.
    Estes 15 anos de atividade rural não precisam ser consecutivos, podem ser intercalados com períodos de trabalho urbano, mas o que interessa para a aposentadoria por idade rural é especificamente o tempo de trabalho no campo.
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    Condição de segurado especial

    Para conquistar sua aposentadoria por idade rural, é necessário ter a condição de segurado especial do INSS, como vimos nos tópicos anteriores.

    Nem todo trabalhador rural se enquadra como segurado especial. A lei é específica sobre quem tem esse direito:

    • Produtor rural em regime de economia familiar.
    • Pescador artesanal que pesca para sustento familiar.
    • Extrativista (açaí, castanha, babaçu, seringueiros) em regime familiar.
    • Indígenas que exercem atividade rural.
    • Quilombolas em atividade rural familiar.

    O mais importante para definir a condição de segurado especial é o regime de familiar.

    Ou seja, os segurados especiais não são empresários rurais ou grandes produtores, mas famílias que vivem do que produzem.

    Regime de economia familiar

    Vimos que para ser reconhecido como segurado especial, o trabalhador rural deve realizar suas atividades individualmente ou em regime de economia familiar.

    Este é um dos conceitos mais importantes para entender quem pode ser considerado segurado especial.

    Regime de economia familiar é quando a família se dedica a uma atividade rural (neste caso) para garantir o próprio sustento.
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    Vamos imaginar uma família típica do interior.

    O pai planta milho e feijão, a mãe cuida da horta e das galinhas, os filhos ajudam na colheita.

    Tudo que produzem serve para alimentar a família e o que sobra é vendido para garantir renda. Ou seja, a renda da família vem basicamente dessa atividade rural.

    Essa é a essência da economia familiar: a produção é voltada para o sustento da própria família.

    É possível até que esta família tenha alguma outra fonte de renda (uma aposentadoria do avô, uma pensão), mas o sustento principal deve vir do trabalho rural, da pesca ou do extrativismo.

    Como comprovar a atividade rural e sua condição de segurado especial

    Vamos recapitular: uma das maneiras de conquistar a aposentadoria por idade sem nunca ter contribuído ao INSS é ser segurado especial.

    Para ter direito à aposentadoria rural por idade, é necessário comprovar que você realizou trabalho rural em regime de economia familiar por 15 anos, além de alcançar a idade mínima (55 anos para mulheres e 60 anos para homens).

    Por isso, comprovar os 15 anos de atividade rural é um dos pontos mais importantes e também mais delicados de todo o processo de aposentadoria por idade do trabalhador rural.

    Diferente das pessoas que trabalham na cidade, que têm suas contribuições registradas no sistema do INSS, o trabalhador rural que não paga INSS precisa comprovar que já trabalhou pelo período exigido pela lei.

    A comprovação do trabalho rural é feita de 3 formas complementares, ou seja, cada uma das formas de comprovar seu trabalho adiciona mais elementos para que o INSS verifique a sua situação.

    As formas de comprovar a atividade rural são:

    • Autodeclaração;
    • Documentação;
    • Cadastro de segurados especiais.
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    Mas como essa comprovação é feita?

    Vamos ver já cada uma das maneiras de comprovar seu tempo de trabalho rural.

    Autodeclaração do segurado especial

    A autodeclaração é um documento por meio do qual o trabalhador declara que trabalhou em determinada atividade por certo período de tempo.

    Ou seja, você mesmo precisa declarar o tempo que trabalhou no campo, como pescador ou extrativista, em regime de economia familiar, para conquistar sua condição de segurado especial e ter direito à aposentadoria por idade sem precisar pagar INSS.

    A autodeclaração é um documento essencial para o trabalhador que possibilita atestar seu tempo de atividade, principalmente quando o trabalhador não tem carteira assinada ou outras formas de comprovar a atividade.

    Existem 3 tipos de autodeclaração do segurado especial e cada uma delas é voltada a um tipo de atividade:

    • Autodeclaração rural.
    • Autodeclaração do pescador artesanal.
    • Autodeclaração do seringueiro ou extrativista.

    Mas essa autodeclaração não é o único documento exigido pelo INSS no momento de analisar sua aposentadoria por idade rural.

    Além da autodeclaração, você precisa apresentar documentos que comprovem o que foi colocado na sua autodeclaração.

    Documentos que comprovam atividade rural

    Além da autodeclaração, é necessário juntar ao seu pedido de aposentadoria por idade rural os documentos que comprovem que você trabalhou no campo, com pesca ou com extrativismo.

    É por meio desta documentação que o INSS verificará se as informações da sua autodeclaração fazem sentido.

    Seu tempo de trabalho pode ser comprovado com estes documentos:

    • Notas fiscais de venda de produtos rurais;
    • Blocos de notas do produtor rural;
    • Declaração do sindicato rural;
    • Declaração de aptidão ao PRONAF;
    • Comprovantes de financiamento rural (PRONAF);
    • Comprovante de ITR (Imposto Territorial Rural);
    • Contratos de arrendamento, parceria, meação ou comodato;
    • Fichas de inscrição em cooperativas;
    • Notas fiscais de compra e venda de insumos;
    • Documentos relativos à venda de produção rural;
    • Licença de ocupação ou permissão do INCRA;
    • Certidão da FUNAI;
    • Certidão de Nascimento própria;
    • Certidão de nascimento ou batismo dos filhos;
    • Certidão de casamento ou união estável;
    • Título de eleitor;
    • Comprovante de matrícula em escola rural, boletim escolar próprio e dos filhos;
    • Carteira de vacinação e cartão da gestante;
    • Recibo de compra de implementos e insumos;
    • Ficha de inscrição, registro sindical ou associativo no sindicato de trabalhadores rurais, colônia ou associação de pescadores ou produtores;
    • Contribuição ao sindicato de trabalhadores rurais, colônia ou associação de pescadores ou produtores;
    • Certidão de nascimento indicando naturalidade rural;
    • Certificado de reservista (com profissão de lavrador);
    • Histórico escolar de escola rural;
    • Certidão de casamento (se o cônjuge for rural);
    Quanto mais documentos você conseguir, maiores serão as chances de que o INSS reconheça seu tempo de atividade e, desta forma, a conquista da sua aposentadoria fica muito mais tranquila.

    Por isso é importante guardar bem todos os documentos que ajudem a comprovar sua vida e seu trabalho no campo, na pesca ou em atividades extrativistas.

    Cadastro de segurados especiais

    O Cadastro de Segurados Especiais é um registro mantido pelo INSS que tem como objetivo identificar, organizar e reconhecer os trabalhadores rurais que atuam em regime de economia familiar, os chamados segurados especiais, como pequenos agricultores, pescadores artesanais, extrativistas e seringueiros.

    Este cadastro pode ser utilizado para comprovar atividades rurais realizadas a partir de 01 de janeiro de 2023.

    Quando a atividade rural não conta como segurado especial

    É importante entendermos que não são todas as atividades rurais que garantem a aposentadoria por idade rural.

    Como vimos, para ter direito à aposentadoria rural por idade sem contribuir ao INSS é preciso ter condição de segurado especial e, portanto, exercer atividade em regime de economia familiar ou individualmente.

    Por esta razão, atividades rurais que não são desempenhadas pela família e para o seu próprio sustento não dão a condição de segurado especial.

    Não conta como segurado especial:

    • Proprietário de área rural com empregados;
    • Empresário rural;
    • Quem tem outras fontes de renda significativas;
    • Atividade rural apenas como hobby ou complemento;
    Se o trabalho rural não é sua principal atividade ou se você emprega muita gente, não poderá ser classificado como segurado especial.

    Agora que entendemos com detalhes a primeira hipótese de como se aposentar sem contribuir ao INSS, vamos à segunda possibilidade, que é quando a empresa ou patrão deveriam ter pago o INSS por você e não fizeram isso.

    Falta de recolhimento das contribuições previdenciárias pelo empregador:

    Se você nunca realizou contribuições diretamente ao INSS, mas já trabalhou com ou sem carteira assinada, é possível que você tenha direito ao reconhecimento do tempo de trabalho.

    Por isso, uma das formas de conquistar sua aposentadoria sem ter feito o pagamento das contribuições ao INSS é quando essa responsabilidade era de quem te contratou, porém não foi observada.

    Quando você trabalha para alguém, seja com carteira assinada, como empregado doméstico, trabalhador avulso, ou até mesmo autônomo, seu empregador tem o dever de pagar as contribuições previdenciárias ao INSS por você. 

    Esses pagamentos ao INSS devem ser feitos feitos pelo empregador, por meio de descontos do valor do INSS do salário bruto do trabalhador e repasse deste valor à previdência.

    Na maior parte dos casos quando você trabalha para uma pessoa ou empresa (com ou sem carteira assinada), você passa a contribuir ao INSS de forma indireta, pois seu empregador desconta o valor da contribuição previdenciária do seu salário e deve repassar este valor ao INSS.

    Nessa situação você é um contribuinte indireto da previdência social e, por isso, tem direito a todos os benefícios do INSS caso cumpra os requisitos.

    Em outras palavras, você é contribuinte indireto da previdência se você trabalha mas quem paga o seu INSS é outra pessoa (a empresa ou patrão).

    Contribuinte indireto é a pessoa que contribui ao INSS mas não diretamente. Ou seja, é alguém que tem direito aos benefícios do INSS, mas não é responsável por fazer o pagamento diretamente.

    Em grande parte dos casos é dever do empregador recolher o INSS de seus funcionários.

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    Mas fique atento: existem algumas situações em que a responsabilidade pelo pagamento das contribuições previdenciárias é da própria pessoa. Isso acontece com os contribuintes individuais, contribuintes facultativos e microempreendedores individuais.

    Mas vamos por partes.

    Primeiramente veremos os casos em que é dever do empregador realizar o pagamento do INSS dos funcionários. Depois disso, entenderemos em quais situações essa responsabilidade é da própria pessoa que presta o serviço.

    Dever do empregador: recolher INSS de seus funcionários

    Os empregadores devem realizar os recolhimentos ao INSS todos os meses, até o dia 20 do mês seguinte ao trabalhado.

    Se o dia 20 cair em final de semana ou feriado, o pagamento da contribuição deverá ser feito no primeiro dia útil anterior.

    Esse pagamento é feito por meio de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) gerada com base nas informações declaradas no eSocial.

    Se o empregador não recolher o INSS do seu funcionário, ele poderá ter sérias consequências e prejudicar o trabalhador.

    Vamos ver as consequências de não pagar INSS para o patrão e para o funcionário?

    Consequências para o patrão

    Para o empregador, não recolher as contribuições ao INSS gera multa, juros e outros encargos.

    Ainda, a Receita Federal pode autuar a empresa, inscrever o débito em dívida ativa e iniciar uma cobrança na justiça.

    Além disso, nos casos em que o empregador descontar a parte do INSS do salário do empregado e não repassar o valor ao INSS, ele estará cometendo um crime chamado apropriação indébita previdenciária, previsto no artigo 168-A do Código Penal.

    A pena para este crime pode variar de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.

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    Consequências para o trabalhador

    Do ponto de vista trabalhista, o funcionário prejudicado pela falta de pagamento do INSS pode entrar com uma ação na justiça para exigir que o seu empregador faça o recolhimento correto.

    Nesses casos, a Justiça do Trabalho pode determinar a regularização imediata da situação por parte do empregador, isso porque não recolher INSS de funcionários pode gerar prejuízos graves e de longo prazo ao trabalhador.

    O problema maior é que se o seu patrão não recolher INSS, o tempo que você trabalhou sem estes recolhimentos não será considerado para a sua aposentadoria.

    Além disso, não recolher INSS fará com que você perca a qualidade de segurado e, desta forma, você perde o direito a outros benefícios da previdência.

    A qualidade de segurado do INSS é a condição que você tem quando está pagando INSS e, portanto, tem a proteção da Previdência Social, ou seja, tem direito a receber os benefícios do INSS (como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte etc).

    Portanto, recolher corretamente o INSS é um dever do empregador e um direito do trabalhador.

    Quando o empregador ou a empresa devem pagar o INSS

    Como vimos, nem sempre é você quem precisa pagar o INSS.

    Na verdade, na maior parte das vezes, essa é uma responsabilidade de quem contrata.

    E mesmo nos casos em que a empresa ou patrão não tenha cumprido essa obrigação de recolher o seu INSS, você tem meios de garantir seu direito à aposentadoria.

    Agora vamos ver os casos em que é responsabilidade do empregador fazer o pagamento das contribuições previdenciárias:

    Trabalhador com carteira assinada (CLT)

    Se você já trabalhou com carteira assinada, deve saber que a empresa ou o patrão é obrigada a descontar o INSS do seu salário e repassar para a Previdência Social.

    Isso não é um favor, é uma obrigação que está determinada na lei.

    Quando a empresa onde você trabalha ou o seu patrão não pagam o seu INSS, você não irá ficar no prejuízo

    Não era sua responsabilidade fazer os pagamentos, então, o INSS pode reconhecer seu tempo de trabalho mesmo sem o recolhimento.

    Se você tem carteira assinada, a responsabilidade de pagar INSS é da empresa, não sua.

    Empregado doméstico

    Se você trabalhou ou trabalha como empregado doméstico ou empregada doméstica, é responsabilidade do patrão descontar o valor do seu INSS do salário e fazer o repasse à previdência social.

    Isso vale tanto para quem trabalhou como doméstica seja com carteira assinada ou mesmo para quem não tem registro em carteira. 

    Mesmo sem registro na sua carteira de trabalho, você pode comprovar o vínculo de emprego através de recibos de pagamento, comprovantes de transferência bancária ou pix, testemunhas como vizinhos e outros funcionários.

    Por isso é importante guardar qualquer documento que comprove onde e quando você trabalhou.

    Trabalhador avulso

    Trabalhador avulso é aquele que presta serviços para várias empresas ao mesmo tempo (conhecidas como tomadoras de serviços), mas não tem vínculo de emprego.

    A contratação dos trabalhadores avulsos sempre deve ser feita através de um sindicato ou do órgão gestor da mão de obra.

    No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade de fazer o pagamento das contribuições ao INSS é do próprio Sindicato ou órgão gestor da mão de obra.

    Caso o recolhimento do INSS não seja feito, é possível comprovar o trabalho por meio de contratos de prestação de serviços, notas fiscais, recibos de pagamentos autônomos (RPA).

    O que fazer quando a empresa não recolheu seu INSS

    Você trabalhou, cumpriu todas suas obrigações como funcionário, mas descobriu que a empresa não recolheu seu INSS?

    Infelizmente, essa situação é mais comum do que imaginamos. 

    O fato é que empresas passam por dificuldades financeiras, fecham as portas, ou simplesmente são negligentes com suas obrigações. 

    O problema é que quando os empregadores deixam de recolher INSS, os funcionários podem ser muito prejudicados caso não tomem medidas para ajustar esta questão.

    Mas aqui está uma informação que pode te tranquilizar: a lei protege o trabalhador nessas situações.

    Seus direitos previdenciários não desaparecem quando a empresa falha no pagamento do INSS, mas é necessário tomar algumas medidas para comprovar o seu tempo de trabalho e fazer com que o INSS reconheça este período e, assim, proteger seus direitos.

    Quando a empresa não recolhe o seu INSS, quem fica em situação irregular é ela, não você.

    Isso acontece porque, quando você trabalha com registro em carteira ou nas situações que vimos anteriormente, a obrigação legal de recolher as contribuições previdenciárias é da própria empresa, não sua. 

    A Previdência Social reconhece essa realidade e pode reconhecer seu tempo de trabalho, assegurar seus direitos à aposentadoria e outros benefícios previdenciários nas seguintes situações:

    • Quando contribuições não tiverem sido recolhidas adequadamente pela empresa ou empregador;
    • Mesmo quando você não tiver registro na carteira de trabalho.

    Ainda, quando o INSS reconhece um vínculo sem recolhimento, você não precisará pagar as contribuições que não foram recolhidas pelo empregador.

    Isso acontece porque, nesses casos, a previdência considera apenas o tempo trabalhado, não os valores das contribuições.

    Ou seja, você ganha o tempo de contribuição, mas os salários daquele período serão calculados pelo valor mínimo para fins de aposentadoria.

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    Essa é uma situação que pode trazer prejuízos no valor da sua aposentadoria, principalmente se você recebia um salário mais alto, superior ao salário mínimo.

    Por isso, é possível optar por pagar essas contribuições que não foram recolhidas pelo empregador. Isso se chama indenização previdenciária.

    Vamos ser práticos: se você ganhava bem naquela época e quer que esse salário conte para o cálculo da aposentadoria, vale a pena pagar a indenização previdenciária para ter uma aposentadoria maior.

    Mas se você ganhava um valor não muito superior ao salário mínimo, talvez a indenização não compense.

    Requerimento administrativo para comprovar o período de trabalho

    Por meio de um pedido administrativo ao INSS, você pode apresentar documentos que comprovem que você trabalhou durante determinado período (com ou sem registro em carteira) mas que os recolhimentos não foram feitos por quem deveria. 

    O INSS irá analisar essas provas e, se ficar demonstrado que você realmente desempenhou o trabalho, esse tempo será incluído no seu histórico previdenciário e será contabilizado para a sua aposentadoria.

    É como se o INSS dissesse: Tudo bem, a empresa ou o empregador não pagou, mas você realmente trabalhou. Vamos contar esse tempo para sua aposentadoria.

    Agora vamos verificar quais documentos você pode usar para comprovar que trabalhou mas não teve recolhimentos ao INSS.

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    Documentos que comprovam seu vínculo de emprego

    A carteira de trabalho assinada é seu documento mais poderoso. 

    Mesmo que a empresa não tenha recolhido as suas contribuições ao INSS, se ela assinou sua carteira, isso já comprova que você era funcionário.

    Mas, caso você tenha trabalhado sem registro na carteira, existem outros documentos que podem comprovar seu período de atividade:

    • Comprovantes de pagamento: holerites, recibos de salário, comprovantes de depósito bancário. Esses documentos mostram que você recebia remuneração da empresa regularmente.
    • Documentos contratuais: contratos de trabalho, mesmo os mais simples. Atas de reuniões onde você aparece como funcionário. Correspondências internas da empresa dirigidas a você.
    • Benefícios trabalhistas: comprovantes de vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde. Esses documentos demonstram que você tinha os direitos típicos de um empregado.
    • Registros da empresa: fichas de registro de empregados, se você conseguir uma cópia. Declarações para Imposto de Renda onde você aparece como funcionário. Folhas de ponto ou controles de frequência.
    • Testemunhas: ex-colegas de trabalho que trabalharam no mesmo período que você podem confirmar que vocês trabalhavam juntos na mesma empresa. Além dos colegas, supervisores ou chefes que te conheciam e pessoas que tinham cargo de liderança, também podem atestar que você trabalhou na empresa.

    Com os documentos que comprovem seu trabalho, é possível fazer um requerimento administrativo diretamente no INSS pedindo o reconhecimento do vínculo e a consideração do período de trabalho para que este tempo seja considerado no cálculo da sua aposentadoria.

    A seguir, vamos entender em quais casos você é o responsável por fazer os próprios pagamentos das contribuições ao INSS.

    Quando você deve pagar seu próprio INSS

    Primeiramente vamos esclarecer um ponto: a lei define que contribuir ao INSS é obrigatório para todas as pessoas que realizam trabalho remunerado, seja como autônomo, com carteira assinada, profissionais liberais.

    Se você desempenha um trabalho e recebe dinheiro pela atividade, é obrigatório pagar INSS, independentemente se você trabalha com carteira assinada ou sem.

    O que deve ser considerado, dependendo de cada caso, é quem tem a responsabilidade de realizar estes pagamentos ao INSS.

    Em muitos casos, como vimos anteriormente, essa responsabilidade é do empregador ou da empresa que contrata o trabalhador, porém em outros casos esta responsabilidade de pagar INSS é da própria pessoa.

    No próximo tópico vamos entender em quais casos é a própria pessoa que deve pagar as contribuições previdenciárias.

    Contribuinte individual

    O contribuinte individual do INSS é a pessoa que trabalha por conta própria (autônomo) ou presta serviços a empresas sem vínculo de emprego, ou seja, sem registro na carteira de trabalho.

    Os trabalhadores autônomos são responsáveis por pagar sua própria contribuição previdenciária.

    Alguns exemplos de contribuintes individuais do INSS são:

    • Autônomos (eletricista, encanador, costureira);
    • Profissionais liberais (médicos, advogados, dentistas);
    • Empresários e sócios de empresa;
    • Vendedores ambulantes;
    • Diaristas que trabalham por conta própria;

    Contribuinte facultativo

    Com os contribuintes ou segurados facultativos a situação é diferente dos contribuintes individuais.

    O segurado facultativo é aquela pessoa que não faz nenhum trabalho remunerado mas que escolhe pagar INSS por vontade própria, para ter acesso aos benefícios da previdência como auxílio-doença, aposentadoria, pensão por morte e outros.

    Quem pode ser segurado facultativo:

    • Dona de casa;
    • Estudantes;
    • Desempregado;
    • Brasileiro no exterior;
    • Quem vive de renda (aluguel, investimentos);
    • Síndico não remunerado;
    • Estudante bolsista;
    • Estagiário.

    Nestes casos, naturalmente, a obrigação em relação ao pagamento é da própria pessoa, pois ela escolheu contribuir para o INSS para poder ter as garantias da previdência social.

    MEI: o microempreendedor individual

    O Microempreendedor Individual é responsável pelo pagamento das suas próprias contribuições previdenciárias.

    A sistemática de pagamentos ao INSS pelo MEI é muito simples.

    Os recolhimentos são feitos por DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

    Com a atualização do salário mínimo para R$1.518,00 em 2025, o valor da contribuição do MEI também foi ajustado e corresponde a R$ 75,90, ou seja, 5% do salário mínimo.

    Pagar INSS como MEI significa que você terá direito aos benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão.

    aposentadoria trabalhador rural que nunca contribuiu

    Até o momento, já vimos duas situações em que é possível se aposentar sem ter contribuições ao INSS, são elas:

    1. Aposentadoria por idade rural dos segurados especiais;
    2. Falta de pagamento das contribuições previdenciárias por parte do empregador;

    Agora veremos a terceira alternativa para quem quer se aposentar mas nunca pagou INSS e não se enquadra em nenhum dos cenários anteriores.

    Trata-se do benefício de prestação continuada, também conhecido como bpc loas.

    Por meio deste benefício, é possível receber um salário mensal da previdência, como se fosse uma aposentadoria.

    O bpc pode ser uma ótima opção se você:

    • Nunca realizou trabalho rural ou se não trabalhou nesta atividade pelo período mínimo de 15 anos ou;
    • Realizou trabalhos ao longo da vida mas não tem contribuições suficientes ou;
    • Nunca contribuiu ao INSS;
    • Tem 65 anos ou mais;

    A seguir, vamos entender como o bpc funciona e porque ele é conhecido como a aposentadoria para quem nunca contribuiu ao INSS.

    Vamos em frente?

    BPC é a “aposentadoria” para quem nunca contribuiu

    BPC é uma sigla que significa benefício de prestação continuada.

    Ele foi criado pela LOAS (outra sigla) que significa Lei Orgânica da Assistência Social.

    Como o BPC paga um salário todos os meses, ele é popularmente conhecido como a aposentadoria para quem nunca contribuiu ao INSS.

    Mas tecnicamente o bpc não é uma aposentadoria e sim um benefício assistencial e, por isso, tem regras próprias, diferentes das regras da aposentadoria.

    Muita gente chama este benefício tanto de bpc como de loas.

    Na verdade quando você ouvir qualquer uma dessas siglas, trata-se do mesmo benefício, porém o nome oficial do benefício é BPC, pois LOAS é a sigla da lei que criou o benefício.

    O objetivo do BPC é proteger duas situações:

    1. Idosos com 65 anos ou mais;
    2. Pessoas com deficiência de qualquer idade;

    Para ter direito ao bpc, além de fazer parte de um dos grupos indicados acima, é necessário comprovar vulnerabilidade socioeconômica, ou seja, situação de pobreza em que a pessoa não tem condições de se sustentar e nem de ser sustentada pela família.

    Agora que já sabemos as principais características do BPC, vamos ver como ele funciona na prática?

    Quem tem direito ao BPC para idosos?

    Para ter direito ao BPC para idoso, você precisa cumprir dois requisitos básicos:

    1. Idade mínima: Você deve ter 65 anos ou mais.
      Tanto para homens quanto para mulheres que querem receber o bpc, a idade mínima é a mesma.
    2. Renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo: Em outras palavras, significa que para ter direito ao bpc é necessário comprovar baixa renda familiar.
      A lei define que a renda por pessoa da sua família deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo.
      Considerando que o valor do salário mínimo em 2025 é de R$ 1.518,00, para ter direito ao bpc, a renda por pessoa da família não pode ultrapassar R$ 379,50.
    Para ter direito ao BPC, além do critério da idade (65 anos ou mais) ou da condição de pessoa com deficiência de quem faz o pedido, cada membro da família deve ter uma renda de até R$ 379,50, considerando o valor do salário mínimo em 2025.
    quem nunca contribuiu se aposenta com quantos anos

    Como funciona o cálculo da renda familiar per capita para o bpc?

    Renda familiar per capita pode até ser um nome complicado, mas a ideia é bem fácil de entender.

    Renda per capita significa a média da renda para cada pessoa.

    É como se o governo quisesse saber: “Quanto cada pessoa dessa família teria, por mês, se todo mundo dividir o dinheiro de forma igual?”

    Para descobrir a renda per capita da sua família, basta somar o valor que todas as pessoas que moram na mesma casa recebem por mês e dividir pelo número de pessoas da família que vivem na mesma casa.

    Vamos usar um exemplo para esclarecer:

    Imagine uma família com 7 pessoas morando na mesma casa:

    1. Joana (65 anos, sem renda)
    2. Seu marido Carlos (desempregado)
    3. Seu filho Augusto (aposentado por invalidez, recebe R$ 1.850 por mês)
    4. Sua nora Amanda (faz doces para fora e recebe R$ 600 por mês)
    5. Seu neto Jonathan (menor de idade)
    6. Sua neta Daniele (menor de idade)
    7. Seu neto Tomás (menor de idade)

    Somando todos os valores que as pessoas da família recebem temos o seguinte:

    R$ 1.850,00 + R$ 600,00 = R$ 2.450,00

    Dividindo o valor total de renda da família R$ 2.450 pelo número de pessoas que vivem juntas na mesma casa, teremos o seguinte:

    R$ 2.750,00 / 7 = R$ 392,85

    Desta forma, temos que o valor da renda per capita desta família é de R$ 350,00.

    Este valor é menor do que ¼ do salário mínimo (R$ 379,50), por isso a família está dentro do limite de renda, então Joana poderá receber o bpc.

    Mas atenção a um detalhe importante: nem todo mundo da casa entra na conta da renda.

    O INSS só considera algumas pessoas como família nesse cálculo.

    Por isso, é bom entender isso antes de fazer as contas. Vamos ver como isso funciona?

    Quem conta como família para o BPC

    Para decidir se você tem direito de receber o BPC, a lei considera somente as pessoas da família que moram na mesma casa.

    Para o INSS, as seguintes pessoas são consideradas como membros da família caso morem juntas:

    • Pessoa que vai pedir o BPC;
    • Marido, esposa ou companheiro(a);
    • Pai e mãe (ou padrasto e madrasta);
    • Filhos solteiros, mesmo que já sejam adultos;
    • Irmãos solteiros;
    • Crianças e adolescentes que a família cuida.

    Agora que sabemos quais são as pessoas que devem ser consideradas como família para o bpc, vamos ver outro detalhe muito importante: nem todo o dinheiro que os membros da família recebem deve ser somado para definir o valor da renda familiar per capita.

    Existem algumas rendas que podem ficar de fora do cálculo e isso ajuda muitas pessoas a conseguirem o BPC.

    Quais rendas entram no cálculo do BPC?

    Como dissemos, não é todo o dinheiro que as pessoas da família recebem que deve ser considerado como renda da família.

    Vamos ver quais rendas são consideradas e, portanto entram no cálculo:

    Rendas de trabalho

    O dinheiro recebido por trabalho, com ou sem carteira assinada, é somado na renda familiar, como por exemplo:

    • Salários fixos (seja CLT, contrato ou temporário);
    • Comissões recebidas (como vendedores ou representantes);
    • Ganhos como autônomo (ex: prestação de serviços, vendas);
    • Bicos e trabalhos informais, mesmo sem registro.
    Benefícios e aposentadorias

    Além do trabalho, o INSS também soma outros valores no cálculo da renda:

    • Aposentadoria;
    • Pensão por morte;
    • Renda de previdência complementar;
    • Seguro-desemprego;
    • Auxílio Brasil ou Bolsa Família passaram a ser incluídos como renda familiar em junho de 2025.
    Até junho de 2025, o Bolsa Família não era considerado como renda para o bpc. Mas, após um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esses valores passaram a entrar no cálculo da renda per capita, o que acabou dificultando o acesso a este benefício para muitas famílias.
    Outras fontes de renda

    Também entram no cálculo de renda para o bpc os valores recebidos de:

    • Pensão alimentícia;
    • Aluguel de imóvel;
    • Rendimento de aplicações financeiras ou investimentos.

    Quais rendas não entram na conta da renda familiar?

    Como dissemos, nem todo valor recebido pela família será somado pelo INSS para calcular a renda familiar per capita.

    Existem algumas rendas que são desconsideradas do cálculo:

    Trabalho de pessoa com deficiência

    Se tiver alguma pessoa com deficiência na família, as rendas que ela recebe das atividades listadas abaixo não são consideradas:

    • Trabalhando como aprendiz;
    • Estagiando e recebendo bolsa,
    Auxílios emergenciais ou temporários

    Alguns benefícios que são pagos por curto prazo também ficam de fora do cálculo, tais como:

    • Cestas básicas;
    • Auxílio emergencial pago em situações especiais;
    • Outros auxílios assistenciais pagos de forma pontual pelo município, estado ou união.
    Outro BPC na mesma casa

    Se outra pessoa da família já estiver recebendo o BPC, esse valor não é somado na hora de calcular a renda total da família.

    Isso significa que é possível receber mais de um bpc na mesma família.

    Características importantes do BPC

    Como vimos, apesar de ser conhecido como a aposentadoria para quem nunca pagou INSS, o BPC não é uma aposentadoria e sim um benefício assistencial.

    Por isso, este benefício tem algumas características específicas diferentes da aposentadoria.

    quem nunca contribuiu pode se aposentar

    Vamos ver quais são as principais características do bpc:

    1. Não precisa pagar INSS: Não precisa contribuir ao INSS para ter direito ao bpc, apenas cumprir os requisitos de idade ou deficiência e renda;
    2. Valor mensal: Um salário mínimo (R$ 1.518 em 2025).
      O valor é sempre de um salário mínimo por mês, tanto para idosos quando para pessoas com deficiência, independentemente do sexo.
    3. Não paga 13º salário: Diferente da aposentadoria, o BPC não paga décimo terceiro.
      Você recebe o mesmo valor todos os meses, em 12 parcelas ao longo do ano.
    4. Não gera pensão por morte: Quando a pessoa que recebe bpc falece, seus dependentes não receberão pensão.
      Isso acontece porque o BPC é um benefício pessoal.
    5. Não pode acumular com outros benefícios: Quem recebe BPC, não pode receber aposentadoria, pensão ou outro benefício do INSS ao mesmo tempo.
    6. Requer cadastro atualizado no CadÚnico: Todas as pessoas que querem fazer o pedido do bpc precisam estar inscritas no CadÚnico e atualizar seus dados a cada 2 anos para manterem o benefício.
    7. Reavaliações periódicas: O BPC até pode durar pelo resto da vida, mas não de forma automática.
      O governo faz reavaliações de tempos em tempos para verificar se você ainda cumpre os requisitos de renda.
      Por isso é muito importante manter o CadÚnico atualizado e comparecer quando chamado pelo INSS para reavaliação.
    8. Alteração na renda: Se a renda da família aumentar, ultrapassando o valor de ¼ do salário mínimo por pessoa, o BPC será suspenso.

    Essas regras específicas do BPC existem porque ele é um benefício assistencial que não exige nenhuma contribuição ao INSS, diferentemente da aposentadoria.


    Como conquistar seus direitos

    Chegamos ao final da nossa conversa, e você já tem a resposta para a pergunta que trouxemos no início do artigo: sim, é possível se aposentar mesmo sem nunca ter contribuído para o INSS, de 3 maneiras:

    1. Se você trabalhou com carteira assinada, foi empregada doméstica, trabalhou como avulso ou prestou serviços para empresas, era o seu empregador ou a empresa quem tinha a responsabilidade de recolher suas contribuições ao INSS. 
      Mesmo quando o empregador não tiver cumprido essa obrigação de recolher as contribuições previdenciárias, você ainda pode ter direito à aposentadoria, comprovando que trabalhou e fazendo um requerimento administrativo no INSS para adicionar este período em seu histórico de trabalho.
    2. Se você passou parte da vida trabalhando na agricultura familiar, pesca ou extrativismo, pode se aposentar por idade sem pagar INSS. Nesses casos, é necessário comprovar pelo menos 15 anos de trabalho.
    3. Se você nunca teve qualquer tipo de vínculo de emprego, não tem tempo de trabalho ou contribuição suficiente e nunca contribuiu para a previdência, o bpc é a alternativa para que você receba um salário mínimo todos os meses do INSS, como se fosse uma aposentadoria.

    Por fim, devemos lembrar que o sistema previdenciário brasileiro foi pensado para proteger pessoas em diferentes situações.

    Cada situação é única, cada história de vida é diferente. Mas na grande maioria dos casos, existe uma solução.

    Seja através da aposentadoria, do reconhecimento de vínculos de emprego antigos, da aposentadoria rural ou do BPC, existe um caminho para você.

    O primeiro passo você já deu: informou-se, entendeu suas opções e agora sabe em que direção seguir para garantir seus direitos e conquistar maior segurança financeira.

  • Como acessar o Meu INSS

    Como acessar o Meu INSS

    O portal Meu INSS é uma plataforma digital desenvolvida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para facilitar o acesso dos segurados a serviços e informações previdenciárias.

    Disponível pelo site e pelo aplicativo, ele tem como objetivo simplificar o atendimento do INSS, proporcionando mais agilidade e autonomia aos segurados.

    O portal Meu INSS permite consultas ao seu histórico e extrato de contribuições, realização de pedidos de benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, Loas bpc, pensão por morte, dentre outros, bem como o acompanhamento de pedidos em andamento, de forma prática e sem a necessidade de ir a uma agência do INSS.

    Neste artigo, você vai aprender como acessar o Meu INSS e navegar pela plataforma, explorando suas funcionalidades para ter o máximo de proveito e obter o que você precisa sem dificuldade.

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    O que é o Meu INSS?

    O Meu INSS é o portal digital do Instituto Nacional da Previdência Social, que tem como objetivo agilizar e facilitar o atendimento do INSS.

    Ele é uma ferramenta indispensável para todos os brasileiros, pois reúne serviços essenciais em uma plataforma digital simples, segura e de fácil acesso. 

    Criado para descomplicar o acesso a serviços e informações previdenciárias, ele substitui visitas a agências, poupando tempo e agilizando processos.

    Por meio do Meu INSS, é possível fazer desde consultas e emissão de extratos até a solicitação de benefícios e acompanhamento de pedidos em tempo real. 

    Com o avanço da digitalização, entender como utilizar essa plataforma pode transformar a experiência do usuário com o INSS, proporcionando mais autonomia e eficiência.

    As principais funcionalidades do Meu INSS são:

    • Solicitação de aposentadorias e outros benefícios;
    • Consulta do extrato de contribuições – CNIS;
    • Emitir guia GPSguia de pagamento da Previdência Social;
    • Marcar perícias e outros serviços;
    • Acompanhamento de pedidos e processos administrativos;
    • Simular aposentadoria;
    • Consultar PIS;
    meu inss tempo de contribuição

    Acessando o Meu INSS

    Já vimos que o Meu INSS facilita o acesso às suas informações no INSS. Agora, vamos ver todas as formas de acessar esta plataforma.

    O acesso pode ser feito via celular, pelo aplicativo oficial ou pelo site do Meu INSS.

    A seguir vamos tratar de cada uma das formas de acesso.

    Como acessar Meu INSS pelo aplicativo

    Para usar o Meu INSS em seu celular, é necessário baixar e instalar o aplicativo disponível na Google Play Store (para dispositivos android) ou Apple App Store (para dispositivos IOS).

    Depois de fazer o download e instalação do aplicativo, o acesso ao Meu INSS é feito com os dados cadastrados na sua conta do Gov.br.

    Basta indicar seu CPF e inserir a senha da plataforma Gov.br, que você terá acesso a todas as suas informações previdenciárias.

    Alguns serviços do INSS podem ser utilizados sem a senha, como a inscrição de novos contribuintes (criação de conta no Meu INSS), consulta ao calendário de pagamento de benefícios, busca de agências da Previdência Social, emissão de guias de pagamento de contribuições previdenciárias (GPS), dentre outras.

    Acompanhe o passo-a-passo para acessar o Meu INSS no celular:

    Download e instalação do aplicativo:

    • Android: Acesse a Google Play Store, pesquise por “Meu INSS” e toque em “Instalar“.
    • iOS: Acesse a Apple App Store, busque por “Meu INSS” e toque em “Obter” para iniciar a instalação.

    Acesso à plataforma:

    • Abra o aplicativo “Meu INSS” instalado no seu dispositivo.
    • Toque em “Entrar com gov.br“.
    • Insira seu CPF e senha cadastrados na plataforma Gov.br.
    • Caso não tenha cadastro, selecione a opção para criar uma conta e siga as instruções fornecidas pelo sistema.

    Após o login, a tela inicial exibirá diversos serviços disponíveis, como consulta de extratos, solicitação de benefícios e agendamento de perícias.

    Navegue pelo menu para acessar o serviço desejado e siga as orientações apresentadas na tela.

    Utilizar o aplicativo Meu INSS em celulares e outros dispositivos móveis proporciona praticidade e agilidade no acesso aos serviços previdenciários, permitindo que você resolva diversas questões diretamente do seu smartphone ou tablet.

    meu inss aplicativo

    Como acessar Meu INSS pelo computador

    Acessar o Meu INSS pelo computador é um processo simples e permite que você tenha acesso a diversos serviços previdenciários de forma prática e segura.

    Siga o passo a passo abaixo para acessar a plataforma:

    • Acesse o site oficial: Abra seu navegador de internet e digite meu.inss.gov.br na barra de endereço.
    • Faça login com o seu CPF e senha cadastrados no Gov.br:
      • Clique em “Entrar com gov.br”.
      • Insira o seu CPF e clique em “Continuar”.
      • Digite a senha cadastrada no portal Gov.br e faça a autenticação.

    Para quem não tem uma conta Gov.br: Se você ainda não possui uma conta, clique em “Crie sua conta” e siga as instruções para realizar o cadastro.

    O processo pode incluir a confirmação de identidade por perguntas sobre o seu histórico de trabalho ou o uso de autenticação via SMS, e-mail ou aplicativo de segurança.

    O sistema pode solicitar a confirmação de identidade por perguntas relacionadas ao histórico de trabalho, ou pedir autenticação por SMS, e-mail ou aplicativo.

    • Navegue pelos serviços disponíveis:

    Após o login, você terá acesso à tela inicial do Meu INSS, onde encontrará diversos serviços, como:

        • Consulta de extrato de contribuições – CNIS;
        • Solicitação de benefícios como aposentadoria e auxílio-doença;
        • Agendar perícia do INSS e outros atendimentos;
        • Emitir GPS – guias de pagamento de contribuições;

    Para agilizar, utilize o menu de navegação: ao lado esquerdo da tela, há um menu com várias opções de serviços. Clique na opção desejada para acessar detalhes e realizar ações específicas.

    Dicas para usar o Meu INSS pelo computador

    • Sempre verifique a segurança do site: Certifique-se de que está acessando o site oficial com o endereço correto e que a conexão é segura. Cuidado com golpes e sites falsos!
    • Mantenha seus dados atualizados: Para facilitar o acesso e evitar problemas, mantenha suas informações pessoais e de contato atualizadas;
    • Salve seus extratos e comprovantes: Utilize a função de download para salvar extratos e outros documentos importantes no seu computador;

    A utilização do Meu INSS pelo computador é uma maneira eficaz de acompanhar seus direitos e solicitações de forma simples e conveniente, sem precisar se deslocar a uma agência do INSS.

    como entrar no meu inss

    Como navegar pelo Meu INSS

    A tela inicial oferece um menu com atalhos para serviços como “Extrato de Contribuição (CNIS)”, “Solicitar Benefício”, e “Consulta de Benefícios”.

    As funcionalidades mais usadas são:

    • Extrato de Contribuição (CNIS) – Consulte seu histórico de contribuições e períodos de trabalho.
    • Pedido de Benefícios – Selecione o benefício desejado e siga as etapas para preenchimento e envio de documentos.
    • Consulta de Benefícios – Acompanhe o status de pedidos em andamento e revisões.
    • Agendamento de serviços – Agende atendimentos em agências para serviços que exigem presença física como perícias.
    • Simular aposentadoria – Verifique o tempo restante para se aposentar e simule o valor estimado do benefício.
  • Como Saber o Tempo de Contribuição no INSS

    Como Saber o Tempo de Contribuição no INSS

    Você já se perguntou se tem tempo suficiente de contribuição para se aposentar? 

    Essa preocupação é muito comum quando pensamos na aposentadoria e em como planejá-la. 

    Muitas pessoas vivem com essa dúvida porque não sabem que é possível consultar seu tempo de contribuição no INSS.

    Hoje em dia, descobrir seu tempo de contribuição no INSS é muito mais fácil do que você imagina.

    Não precisa sair de casa, enfrentar filas ou ligar para centrais de atendimento.

    Tudo pode ser feito pelo computador ou celular, de forma gratuita e segura.

    É possível verificar todas as contribuições que você já fez ao INSS, o seu tempo de contribuição total, os salários e os vínculos de emprego por meio de um documento oficial que centraliza todas estas informações, este documento é o extrato do CNIS.

    Neste guia, você vai aprender exatamente como fazer essa consulta passo a passo.

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    Por que é importante saber seu tempo de contribuição

    Conhecer seu tempo de contribuição ao INSS é como ver uma linha do tempo.

    Analisando o seu histórico de contribuições ao INSS é possível verificar exatamente onde você está e quanto falta para chegar à aposentadoria.

    Saber o seu tempo de contribuição pode trazer uma tranquilidade enorme. Isso porque não há nada pior do que viver na incerteza, se perguntando se você terá direito à aposentadoria ou quando poderá parar de trabalhar. 

    Além disso, ao ter acesso ao seu tempo exato de contribuição, você pode planejar seu futuro com mais segurança.

    Ainda, acessar o extrato de contribuições previdenciárias permite verificar se todas as informações estão corretas, tais como os trabalhos que você já realizou, início e fim dos vínculos de emprego, dentre outras.

    Caso faltem informações em seu histórico do INSS, é necessário atualizar o seu CNIS para não prejudicar seu direito à aposentadoria ou a outros benefícios.

    Na prática, os dados sobre suas contribuições são muito importantes para tomar decisões como se vale a pena continuar trabalhando por mais tempo para aumentar o valor da aposentadoria.

    Sem conhecer seu histórico contributivo, é impossível fazer essas escolhas de forma consciente.

    extrato previdenciário cnis

    CNIS o que é

    Mas afinal, o que é o CNIS?

    CNIS é a uma sigla para Cadastro Nacional de Informações Sociais.

    Ele é um sistema onde ficam registradas todas as informações sobre sua vida profissional e contribuições feitas ao INSS, tanto com carteira assinada quanto como autônomo.

    Em outras palavras, o CNIS é o local oficial onde o INSS guarda o histórico completo de tudo que você já contribuiu.

    Como funciona o CNIS – Cadastro Nacional de Informações Previdenciárias 

    Toda vez que você trabalha com carteira assinada, o empregador envia informações para esse sistema.

    Da mesma forma, quando você recolhe INSS como autônomo ou contribuinte individual, esses dados também vão para o seu CNIS.

    Se você trabalhou em diferentes lugares ao longo da vida, todas essas informações ficam reunidas em um só lugar, no seu CNIS.

    Portanto, o sistema do CNIS funciona como um banco de dados oficial. Cada pessoa tem seu próprio “arquivo” no CNIS, identificado pelo CPF.

    Quando você consulta o sistema e acessa o seu extrato do CNIS, é possível ver este histórico e ter acesso ao seu tempo total de contribuição.

    o que é o cnis

    O CNIS pode estar errado

    Você pode estar se perguntando: “Mas será que posso confiar totalmente nas informações do CNIS?” Essa é uma preocupação muito válida.

    Infelizmente, nem sempre as informações do CNIS estão 100% corretas, e isso acontece mais do que se imagina.

    As principais causas são falhas na atualização dos dados pelos empregadores, atrasos no envio das informações ou até mesmo problemas técnicos no sistema.

    Se você quiser saber quais são os principais erros que podem prejudicar seus direitos clique aqui para acessar nosso conteúdo específico sobre erros no CNIS que colocam a sua aposentadoria em risco.

    Os erros mais comuns no CNIS

    Podem existir períodos em que você trabalhou e que não aparecem no sistema, datas erradas de início ou fim de emprego, salários registrados incorretamente ou até mesmo contribuições que você fez mas não constam no CNIS.

    Quando qualquer um desses erros acontece, o seu tempo de contribuição será calculado de forma incorreta e você terá um tempo de contribuição menor, o que atrasa a sua aposentadoria e pode diminuir o valor do seu benefício.

    A importância de corrigir os erros e atualizar seu CNIS

    Não corrigir erros e não atualizar seu CNIS pode gerar consequências bem sérias para a sua aposentadoria.

    Como dissemos, você pode se aposentar mais tarde do que teria direito ou receber um valor menor de benefício.

    Isso significa que anos de trabalho e contribuição à previdência podem simplesmente “sumir” do seu histórico caso as correções no CNIS não sejam feitas.

    Vamos ser mais específicos: se faltar um ano de contribuição no seu CNIS, você pode ter que trabalhar um ano a mais para se aposentar.

    Se os salários estiverem registrados incorretamente, o valor da sua aposentadoria pode ser calculado errado pelo INSS.

    Por isso, é fundamental verificar todas as informações do seu extrato de contribuições (extrato do CNIS) e corrigir essas informações o quanto antes para evitar prejuízos.

    Vamos relembrar: o CNIS é uma ferramenta poderosa, mas não é infalível. Agora que entendemos isso, vamos ver como acessar seu CNIS?

    como saber o tempo de contribuição pelo cpf

    Como consultar seu tempo de contribuição pelo CPF

    Para consultar seu tempo de contribuição, basta consultar o seu CNIS.

    Você pode consultar seu tempo de contribuição pelo CNIS do INSS, diretamente pelo aplicativo ou site do Meu INSS usando o seu CPF e senha do Gov.br.

    O acesso é muito fácil e você recebe o seu extrato de contribuições na hora, diretamente no seu celular ou computador.

    Consulta pelo Aplicativo Meu INSS

    O aplicativo Meu INSS é a forma mais prática e rápida de consultar seu tempo de contribuição. É como ter o INSS no seu bolso, disponível 24 horas por dia.

    Se quiser acompanhar nosso guia passo-a-passo de como consultar seu tempo de contribuição acesse nosso artigo “CNIS como Consultar – Guia fácil passo a passo”.

    Primeiro passo: baixe o aplicativo Meu INSS

    Acesse a loja de aplicativos do seu celular, se for Android (Google Play) ou iOS (App Store), e procure por “Meu INSS“. 

    Atenção: certifique-se de baixar o aplicativo oficial do governo.

    Segundo passo: fazendo seu login

    Digite seu CPF e a senha Gov.br. Caso você nunca tenha feito o cadastro no Gov.br o próprio aplicativo vai te ajudar a criar uma conta nova.

    Em outras palavras, não se preocupe se é a primeira vez, pois o processo é bem simples.

    Terceiro passo: encontrando suas informações

    Depois de fazer login, procure no menu principal pela opção “Extrato de Contribuições” ou digite “CNIS” na busca.

    O sistema vai mostrar uma tela com os tipos de extratos que você pode baixar. Após fazer o download, acesse o documento para verificar seu tempo de contribuição de acordo com as informações que estão no seu CNIS.

    cnis inss extrato

    Consulta pelo site oficial Meu INSS

    Primeiro, abra seu navegador e digite: meu.inss.gov.br.

    Esse é o endereço oficial, então não se preocupe com sites falsos.

    Na página principal, você verá a opção “Entrar com gov.br”. Clique neste botão para acessar seus dados do INSS.

    Fazendo login com seu CPF

    Digite seu CPF no campo indicado e, em seguida, você precisará da sua senha do Gov.br.

    Se você nunca criou essa senha, o próprio sistema vai te ajudar a criá-la.

    Atenção: se você esqueceu sua senha, clique em “Esqueci minha senha“.

    O sistema vai enviar um link para seu e-mail cadastrado, permitindo que você crie uma nova.

    Depois de fazer login, você estará na sua área pessoal do Meu INSS.

    Procure pelo menu principal e clique em Extratos, depois disso, clique em em “Extrato de Contibuições (CNIS)”

    Se preferir, digite a palavra CNIS diretamente no campo de busca que fica no centro da tela.

    Visualizando seus dados

    O sistema vai carregar uma tela com todas as suas informações sobre os vínculos de emprego que você teve ao longo da vida.

    Ao final desta lista, você verá um botão onde está escrito “Baixar Documento”, basta clicar nele e selecionar a opção “Vínculos, contribuições e remunerações“.

    Em seguida, o sistema fará o download do seu extrato CNIS.

  • CNIS como Consultar – Guia Fácil passo a passo

    CNIS como Consultar – Guia Fácil passo a passo

    Você já se perguntou onde fica registrada toda sua vida de trabalho?

    O histórico de cada emprego com carteira assinada, cada contribuição feita ao INSS, cada dia trabalhado e todos os salários recebidos? A resposta está no CNIS.

    CNIS é uma sigla que significa Cadastro Nacional de Informações Sociais

    Na prática, o CNIS funciona como um grande arquivo digital onde o governo guarda todo o histórico profissional de cada pessoa que já trabalhou com carteira assinada ou contribuiu para a previdência social.

    Ao tirar o seu extrato do CNIS você receberá um documento que traz todas as informações relacionadas ao seu histórico de trabalho e contribuições ao INSS.

    cnis o que é

    O CNIS é muito importante pois, quando chegar a hora de se aposentar, ou quando você precisar pedir algum outro benefício do INSS, pois são as informações presentes no seu extrato do CNIS que irão comprovar seus anos de trabalho, tempo de contribuição, valor das contribuições e se você tem direito ao benefício.

    Por isso, é muito importante consultar seu CNIS de vez em quando para verificar se não há nenhuma informação faltando.

    Caso haja alguma informação que não consta em seu CNIS, é fundamental atualizá-lo para não prejudicar seu direito à aposentadoria ou outros benefícios da previdência social.

    Agora que vimos um pouco o que é CNIS e para que ele serve, vamos aprender a emitir seu extrato do CNIS pelas plataformas oficiais do INSS?

    Como emitir o CNIS com facilidade

    Tirar seu extrato do CNIS é muito fácil, rápido e sem custo.

    E o melhor é que você não precisa sair de casa para consultar o CNIS e baixar seu extrato.

    Você pode obter seu extrato pela internet, acessando o site do INSS ou o aplicativo Meu INSS.

    Além de ser muito prático, seu extrato sai na hora!

    A plataforma Meu INSS é o canal oficial do governo que permite acessar todos os seus dados previdenciários, dentre eles o extrato do CNIS.

    Você pode consultar o seu CNIS pelo CPF na plataforma Meu INSS por meio da sua conta Gov.br.

    cnis - cadastro nacional de informações sociais

    Como consultar o CNIS passo a passo

    Para ter o seu extrato CNIS em poucos minutos, basta seguir estes passos:

    1. Acesse o Meu INSS pelo aplicativo ou site oficial;
    cnis inss

    1. Informe seu CPF e senha cadastradas no Gov.br;
      Se você não tiver uma conta Gov.br clique aqui para saber como criar a sua gratuitamente.
    consultar cnis pelo cpf

    1. Clique no ícone de lupa para abrir o menu;
    extrato do cnis

    1. Na caixa de texto “Do que você precisa” digite CNIS;
    cnis gov

    1. Selecione a opção “Emitir extrato de Contribuição (CNIS)“ou “Extrato de Contribuições (CNIS)“.
    consulta cnis pelo cpf

    1. Agora você verá uma lista com todos os seus vínculos de trabalho e contribuições. Vá até o final da lista e selecione “Baixar Documento“.
    extrato previdenciário cnis

    1. O sistema irá mostrar três tipos de extratos disponíveis.
      Selecione a opção “Vínculos, contribuições e remunerações” para obter o documento mais completo.
    emitir cnis

    Qual tipo de extrato CNIS escolher?

    Aqui está uma informação que muita gente não sabe e que pode gerar confusão no momento de baixar seu extrato de contribuições: existem 3 tipos de extrato CNIS, com mais informações ou resumidos.

    Vamos ver cada um deles:

    1. Vínculos e Contribuições – É o extrato mais básico, com informações dos períodos trabalhados (data do início e fim do contrato de trabalho) mas não mostra as suas remunerações.
      É perfeito para quem quer ter uma visão geral do histórico profissional profissional e verificar se há pendências de forma mais superficial.
    2. Vínculos, Contribuições e Remunerações – É o extrato mais completo com informações dos períodos trabalhados, contribuídos e os valores das remunerações que você recebeu em cada período.
      Este extrato é ideal para planejar aposentadoria, conferir se os salários e contribuições estão corretos e verificar de forma completa se existem pendências.
    3. Contribuições por Ano Civil (a partir de 11/2019) – É o extrato que traz informações das contribuições feitas ano a ano, a partir do mês de novembro 2019.
      Este extrato serve para quem quer ver apenas as contribuições recentes ou de algum ano específico.

    Se você tiver dúvidas em relação a qual tipo de extrato escolher, sempre selecione o extrato de Vínculos, Contribuições e Remunerações pois este é o mais completo.

    cnis inss extrato

    Quem pode usar este serviço?

    Qualquer pessoa que possua cadastro no CNIS pode emitir seu extrato.

    Isso significa que se você já trabalhou com carteira assinada ou contribuiu ao INSS alguma vez na vida, você pode acessar o extrato CNIS.

    Para finalizar, vale lembrarmos os principais pontos:

    • O extrato CNIS pode ser emitido 100% online pelo Meu INSS;
    • Existem 3 tipos diferentes – se tiver em dúvida, escolha o mais completo;
    • O documento fica pronto imediatamente;
    • Este serviço é gratuito;
    • Para acessar seu extrato, você precisa informar seu CPF e senha do Gov.br;
    • Em caso de dúvidas, ligue 135.
    cnis extrato de contribuições

    Mantenha seu CNIS atualizado e evite prejuízos

    Consultar seu CNIS regularmente é como fazer um check-up da sua vida profissional e pode revelar problemas que, se descobertos cedo, são fáceis de resolver e evitam prejuízos na sua aposentadoria e em outros benefícios da previdência.

    Por isso, verifique seu extrato CNIS pelo menos uma vez por ano, sempre baixando a versão completa e verificando se todas as informações sobre trabalhos, salários e remunerações estão atualizadas.

    Caso estejam faltando informações no seu CNIS, é necessário procurar um advogado especializado em direito previdenciário para atualizar a sua documentação e evitar prejuízos com sua aposentadoria ou com outros benefícios do INSS.

  • BPC Idoso: Entenda como Funciona este Benefício

    BPC Idoso: Entenda como Funciona este Benefício

    Chegar aos 65 anos sem uma aposentadoria garantida pode trazer muita preocupação, não é mesmo? 

    Se você está passando por isso ou conhece alguém nesta situação, saiba que existe um benefício do INSS importante que pode ajudar muito: o BPC Loas para idosos.

    Muitas famílias brasileiras não sabem que o governo paga, por meio do INSS, um salário mínimo por mês (R$ 1.518,00 em 2025) para idosos acima de 65 anos de baixa renda

    E o melhor: é possível receber este auxílio mesmo sem nunca ter contribuído para o INSS.

    O Benefício de Prestação Continuada (BPC), também conhecido como LOAS, é um benefício assistencial ao idoso criado com o objetivo de garantir sustento básico para quem mais precisa. 

    Neste artigo, vamos explicar tudo de forma clara e simples.

    Você vai entender:

    • O que é o BPC idoso;
    • Quem tem direito de receber o loas idoso;
    • Como funciona o cálculo da renda familiar;
    • Quais são os requisitos do bpc loas em 2025;
    • As principais dúvidas sobre o loas para idoso;

    Vamos juntos entender esse direito tão importante?

    loas idoso

    O que é o BPC/LOAS para idoso?

    O BPC idoso é um benefício assistencial garantido pelo governo federal que paga um salário mínimo por mês, ou seja R$ 1.518,00, para pessoas com 65 anos ou mais que vivem em situação de vulnerabilidade econômica e social.

    O termo LOAS vem da Lei Orgânica de Assistência Social, que criou esse benefício. Já a sigla BPC significa Benefício de Prestação Continuada.

    Por isso você também vai ouvir falar em “LOAS idoso” ou “benefício assistencial ao idoso” mas na realidade todos estes são nomes para o mesmo benefício

    Mas o que significa vulnerabilidade econômica e social?

    Situação de Vulnerabilidade econômica é quando a pessoa não tem condições financeiras de garantir suas necessidades básicas como alimentação, moradia, remédios, roupas.

    Já a vulnerabilidade social vai além do dinheiro. É quando o idoso não tem apoio familiar suficiente ou mora em condições precárias ou enfrenta dificuldades de acesso a serviços básicos.

    O governo entende que idosos nessas condições precisam de uma proteção especial. Por isso existe o BPC: para garantir que estas pessoas recebam uma renda mínima para viver com dignidade.

    BPC não é aposentadoria – entenda a diferença

    Muita gente confunde, mas o BPC não é exatamente uma aposentadoria.

    É um benefício assistencial, ou seja, uma ajuda do governo para quem está em situação de necessidade financeira.

    A principal vantagem do BPC em relação à aposentadoria é que você não precisa ter contribuído nem um dia sequer ao INSS para ter direito de recebê-lo.

    bpc idoso

    Quem tem direito ao BPC idoso?

    Para receber o BPC idoso, é necessário cumprir a dois requisitos principais

    1. Ter a idade mínima: pelo menos 65 anos;
    2. Comprovar a situação de vulnerabilidade através da renda familiar. 

    Vamos entender cada um destes requisitos?.

    Requisito de idade: 65 anos completos

    O primeiro requisito é simples: você precisa ter 65 anos ou mais. Não importa se é homem ou mulher, a idade é a mesma para todos.

    E atenção: algumas pessoas perguntam sobre “LOAS para idoso com menos de 65 anos“. 

    Isso só é possível se a pessoa tiver alguma deficiência. Nesse caso, ela pode pedir o BPC por deficiência, que não exige idade mínima.

    Requisito de renda: como funciona o cálculo

    Aqui está o ponto mais importante.

    Para ter direito ao BPC, o idoso precisa comprovar que a renda por pessoa da sua família é de até 1/4 do salário mínimo.

    Em 2025, isso significa R$ 379,50 para cada pessoa da família que mora na mesma casa.

    Parece complicado? Vamos simplificar com um exemplo:

    Dona Maria é desempregada e viúva, tem 67 anos e mora com o filho que ganha R$ 1.500 por mês.

    Nesse caso, a renda total da casa é de R$ 1.500. O número de pessoas é 2 (ela e o filho). Portanto, dividindo a renda total pelo número de pessoas, teremos uma renda per capita de R$ 750. Como R$ 750 é maior que R$ 379,50 (que corresponde a 1/4 do salário mínimo), Dona Maria não tem direito ao BPC.

    Quem conta como família para o BPC?

    Para calcular a renda, o INSS considera apenas as pessoas da família que moram na mesma casa:

    • Cônjuge ou companheiro(a);
    • Filhos e enteados solteiros;
    • Irmãos solteiros;
    • Pais ou padrastos;
    • Menores sob tutela.

    Importante: Se você mora com outras pessoas que não têm esses vínculos (como amigos, primos, sobrinhos), a renda delas não entra no cálculo.

    Boa notícia: Se já tem alguém recebendo BPC na casa (outro idoso, por exemplo), esse valor não conta como renda. Ou seja, não entra no cálculo para definir se você tem direito de receber o BPC.

    Portanto, é possível que duas pessoas da mesma família recebam o BPC.

    bpc idoso requisitos

    Requisitos do BPC idoso em 2025

    Além da idade e da renda que já explicamos, existem outros requisitos importantes para conseguir o BPC idoso.

    Com as mudanças de 2025, alguns destes requisitos precisam de uma atenção especial.

    Para ter direito ao benefício assistencial ao idoso, você precisa:

    1. Ter 65 anos ou mais;
    2. Renda familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo por pessoa (R$ 379,50 em 2025);
    3. Estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único);
    4. Ter CPF regularizado (você e todos da família que moram na mesma casa);
    5. Fazer a biometria (novidade de 2025);
    6. Não receber outro benefício da Previdência;

    CadÚnico: o primeiro passo obrigatório

    O Cadastro Único é  o cadastro do governo que reúne informações sobre famílias de baixa renda e serve como base para o BPC. Sem ele, você nem consegue dar entrada no pedido. 

    Você pode fazer seu cadastro no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua cidade. Para isso, é necessário levar documentos de toda a família (das pessoas que moram com você).

    Além disso, quem recebe o BPC precisa atualizar os dados a cada 2 anos. Essa é uma forma do governo verificar se você ainda preenche os requisitos. Fique atento:

    • O INSS envia carta avisando;
    • A atualização é sempre feita no CRAS;
    • Se não atualizar seu cadastro, o benefício pode ser suspenso.

    Biometria obrigatória: novidade de 2025

    A partir de 2025, todos os beneficiários precisam fazer o cadastramento biométrico (impressão digital e foto). 

    Isso ajuda a evitar fraudes e proteger o direito de quem realmente precisa.

    Se na sua cidade não tiver o equipamento de biometria, você não será prejudicado.

    auxilio do idoso loas

    O que pode impedir a aprovação do BPC?

    Conhecer os motivos que podem fazer o INSS negar o pedido do BPC LOAS ajuda você a se preparar melhor e evitar negativas. 

    Vamos entender as situações mais que podem levar o INSS a negar o seu pedido:

    1. Renda familiar acima do limite é o motivo mais comum de negativa. 
      A renda por pessoa não pode passar de R$ 379,50.
      Muitas vezes, as pessoas esquecem de incluir alguma renda no cálculo, como pensão alimentícia, ajuda de parentes ou trabalhos informais.
    2. Receber outro benefício Previdenciário também impede a aprovação. 
      Se você já recebe aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença ou qualquer benefício previdenciário, não pode acumular com o BPC.
      A única exceção é assistência médica e pensões especiais de natureza indenizatória. Além disso, se outra pessoa da sua família já recebe BPC, não tem problema!
      É possível ter duas pessoas recebendo BPC na mesma família.
    3. Documentação irregular ou incompleta atrasa e pode até impedir o processo. CPF com pendências na Receita Federal, falta de documentos da família ou informações desencontradas são problemas frequentes.
      Por isso, organize tudo com muita atenção.
    4. CadÚnico inexistente ou desatualizado é outro erro comum. 
      Muitas pessoas fazem o cadastro e esquecem de atualizar quando muda algo na família como nascimento, morte, mudança de endereço, alteração de renda.
      O sistema cruza informações e identifica inconsistências.
    5. Não comparecer ou não apresentar documentos quando solicitado também pode levar ao indeferimento.
      Durante a análise, o INSS pode solicitar documentos adicionais ou esclarecimentos. Ignorar essas convocações resulta em arquivamento do processo.
    beneficio de prestação continuada ao idoso

    Dúvidas Frequentes

    Agora vamos passar pelas dúvidas mais frequentes sobre o BPC LOAS para idosos. Talvez a resposta para a sua pergunta esteja aqui.

    Qual o valor do BPC idoso em 2025?

    O valor é sempre de um salário mínimo. Em 2025, isso significa R$ 1.518,00 por mês. Esse valor é reajustado todo ano junto com o salário mínimo.

    BPC paga 13º salário?

    Não. O BPC não paga décimo terceiro salário. Você recebe 12 parcelas por ano, sempre no valor de um salário mínimo. Essa é uma das diferenças entre o BPC e a aposentadoria.

    Quanto tempo demora para o BPC ser aprovado?

    Em média, o processo leva de 45 a 90 dias. Primeiro você faz o CadÚnico (que pode levar até 45 dias para processar), depois agenda no INSS. A análise final costuma levar mais 45 dias. Em casos com pendências, pode demorar mais.

    Preciso contratar advogado para pedir o BPC?

    Não é obrigatório, mas pode ser muito útil. O processo no INSS pode ser complexo, com muitos detalhes e documentos que precisam estar corretos.
    Se você quer ter maior segurança e aumentar suas chances de ver o seu BPC aprovado logo na primeira tentativa, vale contar com a ajuda de um advogado previdenciarista.

    Posso receber BPC morando com filhos que trabalham?

    Depende da renda. Some todos os salários da casa e divida pelo número de moradores. Se der menos que R$ 379,50 por pessoa, você tem direito. Se seus filhos ganham bem, provavelmente você não terá direito ao benefício.

    BPC é a mesma coisa que LOAS?

    Sim. BPC (Benefício de Prestação Continuada) e LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social) popularmente se referem ao mesmo benefício. Isso porque LOAS é o nome da lei que criou o BPC. As pessoas usam os dois termos, mas o benefício é o mesmo.

    Moro sozinho e sou de baixa renda. Tenho direito ao BPC?

    Sim! Se você tem 65 anos ou mais, mora sozinho e não tem nenhuma fonte de renda ou sua renda é inferior a 1/4 do salário mínimo, você tem direito ao BPC. Nesse caso, o processo pode ser mais rápido porque fica clara a situação de vulnerabilidade.

    O que acontece se eu não atualizar o CadÚnico?

    Se o CadÚnico não for atualizado, o INSS pode bloquear ou cancelar o BPC. A atualização do CadÚnico deve ser feita a cada 2 anos ou sempre que mudar algo na família (endereço, composição familiar, renda).

    Posso escolher o banco para receber o BPC?

    Sim, você pode escolher qualquer banco, inclusive bancos digitais. O INSS deposita onde você preferir.

    Apenas para receber o primeiro pagamento, você precisa comparecer pessoalmente na agência bancária definida pelo INSS. Neste dia, é necessário levar documento de identidade com foto e o número do benefício. Após esse primeiro comparecimento, os próximos pagamentos são feitos por depósito bancário.

    Preciso renovar o BPC todo ano?

    Não. O benefício é continuado (por isso o nome Benefício de Prestação Continuada). O que você precisa fazer é atualizar o CadÚnico a cada 2 anos e comparecer ao INSS quando for convocado para revisão.

    O BPC paga pensão para dependentes?

    Infelizmente não. O BPC não gera pensão por morte para os dependentes dos beneficiários. Essa é uma das principais diferenças entre o BPC e a aposentadoria. O benefício assistencial é pessoal e não pode ser transferido, já a aposentadoria pode pagar pensão aos dependentes em caso de falecimento.

    INSS paga salário mínimo a idoso com mais de 65 anos

    Quem recebe bpc loas pode trabalhar?

    Se você conseguir um emprego, deve comunicar imediatamente ao INSS. Nesse caso, o seu benefício será suspenso enquanto você estiver trabalhando. A boa notícia é que se você perder o emprego no prazo de até 2 anos, é possível pedir a reativação do BPC sem precisar passar por todo o processo novamente.

    É possível receber LOAS com menos de 65 anos?

    Não existe BPC por idade antes dos 65 anos. A única exceção para quem tem menos de 65 anos e quer receber BPC LOAS é para quem possui alguma deficiência. Nesse caso, é possível solicitar o BPC por deficiência, que não exige idade mínima.

    Pode ter dois BPC LOAS na mesma família?

    Sim! Quando já existe alguém recebendo BPC na família, esse valor não será considerado no cálculo da renda. Isso significa que duas pessoas da mesma família podem receber o BPC, desde que cada uma preencha os requisitos.

    Conclusão

    O BPC idoso representa muito mais do que um benefício financeiro.

    Ele é o reconhecimento de que todo brasileiro tem direito a envelhecer com dignidade, independentemente de ter contribuído ao INSS.

    Chegar aos 65 anos sem uma fonte de renda pode ser angustiante. Esta é uma realidade do nosso país, onde muitos idosos carregam o peso de uma vida inteira de trabalho informal, sem carteira assinada, ou dedicada aos cuidados da família. 

    O benefício assistencial ao idoso existe justamente para ajudar essas pessoas, garantindo o mínimo necessário para uma vida mais digna.

    Lembre-se: o BPC é um direito, não é favor nem caridade. Por isso, compartilhe essas informações com quem precisa.

  • BPC tem décimo terceiro?

    BPC tem décimo terceiro?

    Uma das dúvidas mais comuns para quem começou a receber ou quer pedir o BPC LOAS é se o BPC tem décimo terceiro.”

    Esta pergunta é completamente compreensível, afinal, vários benefícios do INSS pagam o famoso 13º salário no final do ano, como é o caso da aposentadoria. 

    E quem recebe o loas tem direito a décimo terceiro

    Não há dúvidas de que estas pessoas também merecem essa segurança financeira extra.

    Nós sabemos que o 13º é a salvação do final do ano. É com esse dinheiro que muitas pessoas conseguem comprar os presentes de Natal dos familiares, quitar dívidas, fazer aquela reforma urgente ou simplesmente ter um pouco mais de tranquilidade para passar as festas.

    Neste artigo, vamos esclarecer se o BPC paga décimo terceiro e mostrar quais benefícios do INSS dão direito a essa renda extra no final do ano.

    quem recebe loas tem direito de receber décimo terceiro

    BPC paga décimo terceiro?

    Não, o BPC não paga décimo terceiro salário.

    Esta resposta pode decepcionar muita gente, e é totalmente compreensível. 

    O décimo terceiro salário é uma das conquistas mais importantes dos trabalhadores brasileiros e representa muito mais que um simples pagamento extra.

    O décimo terceiro também funciona como uma reserva de emergência para muitas pessoas que contam com esse valor para imprevistos, gastos médicos ou para dar entrada em alguma compra ou quitar dívidas. 

    Por isso, é natural que quem recebe o BPC devesse ter essa segurança extra também.

    Mas infelizmente, quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC LOAS) não tem direito ao décimo terceiro

    Essa é uma regra clara estabelecida pela lei que criou o benefício.

    Mas por que isso acontece? Vamos entender juntos.

    Por que o BPC não tem 13º salário?

    Para entender por que o loas não paga décimo terceiro, precisamos conhecer melhor a natureza deste benefício. 

    E aqui está o ponto principal: o BPC é um benefício assistencial, e não um benefício previdenciário.

    Mas o que isso significa?

    O que é benefício assistencial

    Benefício assistencial, como é o caso do BPC, é um amparo social criado pelo governo para proteger pessoas em situação de vulnerabilidade financeira e social. 

    É uma proteção do governo para quem não tem condições de se sustentar nem ser sustentado pela família.

    O BPC foi criado para garantir o mínimo necessário para a sobrevivência. Por isso, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) que criou este benefício, determina o pagamento de um salário mínimo por mês a quem tem direito ao BPC.

    O que é benefício previdenciário

    Os benefícios previdenciários, tais como as aposentadorias e pensões, seguem uma lógica diferente do BPC

    Os benefícios previdenciários são conquistados por meio das contribuições feitas ao INSS ao longo da vida. 

    Funciona como se fosse uma poupança: você contribui ao INSS durante a sua vida e depois recebe benefícios e segurança em retorno.

    INSS bpc décimo terceiro

    Qual é o objetivo do BPC?

    O objetivo do BPC é simples: assegurar que nenhum idoso com 65 anos ou mais, ou pessoa com deficiência (incluindo autistas) de qualquer idade, fique desamparado financeiramente. 

    Ele garante um salário mínimo por mês para que estas pessoas possam ter o básico para viver.

    Como o BPC não exige nenhuma contribuição ao INSS, a lei estabelece que o valor do BPC é de um salário mínimo por mês, sem décimo terceiro e sem outros adicionais.

    Por isso, as regras do BPC são diferentes e mais simples: você recebe um salário mínimo todos os meses (R$ 1.518,00 em 2025), de janeiro a dezembro, mas não há pagamento extra no final do ano.

    Mas o BPC não é uma aposentadoria?

    Muitas pessoas confundem o BPC LOAS com aposentadoria, e isso é super norma! 

    Isso acontece porque tanto o BPC quanto as aposentadorias são pagos pelo INSS e garantem renda todos os meses. 

    Mas para a lei, o BPC não é aposentadoria!

    Na verdade são benefícios bem diferentes, e entender essas diferenças ajuda a esclarecer por que o BPC não paga 13º salário.

    Aposentadoria:

    • Exige contribuições – Você precisa ter contribuído ao INSS durante anos;
    • Paga 13º salário – Sempre no final do ano;
    • É um benefício previdenciário – Resultado das suas contribuições ao longo da vida;
    • Pode ter valores variados – Depende do quanto você contribuiu ao INSS;
    • Tem requisitos mais rígidos É preciso cumprir os requisitos como tempo de contribuição e carência;

    BPC:

    • Não exige contribuições ao INSS – Quem nunca pagou INSS tem direito a receber o BPC caso preencha os requisitos;
    • Não paga 13º salário – Apenas o valor mensal;
    • É um benefício assistencial – É um amparo social do governo para as pessoas que mais precisam;
    • Valor sempre fixo – Um salário mínimo para todos;

    Viu a diferença?

    A aposentadoria é como uma poupança: você paga ao INSS ao longo da sua vida (por meio das contribuições) e depois recebe de volta os rendimentos (valores todos os meses até o resto da sua vida).

    Já o BPC é uma proteção social do governo, que garante o mínimo para quem precisa, sem pedir nada em troca.

    Por isso, quem se aposenta tem direito ao décimo terceiro, mas quem recebe BPC não.

    💡
    O BPC protege quem não conseguiu se aposentar, garantindo dignidade com um salário mínimo mensal. Já a aposentadoria recompensa quem contribuiu, oferecendo 13º e outros benefícios.
    loas paga décimo terceiro

    Quais benefícios pagam 13º?

    Agora que você entendeu por que o LOAS não paga décimo terceiro, é importante saber quais são benefícios do INSS que dão direito a esse pagamento extra no final de cada ano.

    Como vimos, todos os benefícios previdenciários pagam 13º salário, porque eles são resultado das contribuições que as pessoas fizeram durante a vida.

    É como uma recompensa pelo tempo de contribuição ao INSS.

    Os principais benefícios que pagam décimo terceiro são:

    • Aposentadoria por idade: Para quem completou os requisitos de idade e tempo de contribuição;
    • Aposentadoria por tempo de contribuição: Para quem contribuiu pelo tempo necessário;
    • Aposentadoria por invalidez: Para quem não pode mais trabalhar por motivo de saúde;
    • Auxílio-doença: Enquanto a pessoa está afastada do trabalho;
    • Pensão por morte: Para dependentes de segurados do INSS que faleceram;
    • Auxílio-reclusão: Para dependentes de segurados presos;

    Entendeu o padrão?

    Todos esses benefícios exigem que a pessoa tenha contribuído para o INSS. Por isso, eles pagam décimo terceiro.

    💡
    Se você contribuiu para o INSS e recebe um benefício previdenciário, tem direito ao 13º. Se recebe o BPC (benefício assistencial), não tem esse direito.

    Projetos de lei para pagar décimo terceiro do LOAS BPC

    Existem projetos de lei tramitando no Congresso Nacional que propõem a criação do décimo terceiro salário para quem recebe BPC.

    Isso mostra a preocupação de alguns deputados e senadores que reconhecem a importância deste salário adicional aos brasileiros em situação de vulnerabilidade econômica e social.

    Os principais projetos de lei que têm como objetivo garantir o pagamento de décimo terceiro aos beneficiários do BPC, em tramitação são:

    • PL 4439/2020: Tem como objetivo conceder abono natalino (décimo terceiro) aos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada BPC LOAS;
    • PL 2348/2022: Objetiva acrescentar o § 16 ao art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que institui a Lei Orgânica da Assistência Social LOAS, para dispor sobre o pagamento de abono anual para quem recebe o benefício de prestação continuada BPC.
    • PL 6429/2019: Tem como objetivo estabelecer o pagamento do 13º às pessoas que recebem o benefício de prestação continuada (BPC).
    • PL 4521/2016: Tem como objetivo alterar a Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993 e a Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, para incluir o benefício natalino aos que se encontram em gozo da Renda Mensal Vitalícia ou do Benefício de Prestação Continuada ou em gozo do Programa Bolsa Família.
    • PL 682/2007: Tem como objetivo acrescentar o § 9º ao art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, para estender o pagamento de gratificação natalina ao idoso e ao portador de deficiência que recebam o benefício de prestação continuada.

    Infelizmente, até o momento, estes projetos permanecem em tramitação e ainda não há previsão de quando (ou se) serão aprovados.

    bpc paga décimo terceiro

    Perguntas Frequentes sobre o BPC e décimo terceiro

    1. O BPC paga décimo terceiro salário?

    Não, o BPC não paga décimo terceiro salário. O BPC é um benefício assistencial que paga um salário mínimo mensal (R$ 1.518,00 em 2025), em 12 parcelas a cada ano, sem pagamentos extras no final do ano.

    2. Por que o BPC não tem décimo terceiro?

    Porque o BPC é um benefício assistencial, não previdenciário. Ele foi criado para garantir o mínimo necessário para a sobrevivência com dignidade. Diferente das aposentadorias, que são resultado de contribuições ao INSS, o BPC é um amparo social que não exige nenhum pagamento ao INSS.

    3. Quais benefícios do INSS pagam décimo terceiro?

    Todos os benefícios previdenciários pagam décimo terceiro: aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-reclusão. A diferença estre estes benefícios e o BPC é que esses benefícios exigem contribuições ao INSS.

    4. Existe alguma possibilidade do BPC ter décimo terceiro no futuro?

    Sim! Existem projetos de lei tramitando no Congresso Nacional (como o PL 4439/2020 e PL 2348/2022) que propõem a inclusão do décimo terceiro para beneficiários do BPC. Eles estão em análise na Comissão de Previdência desde abril de 2024, mas ainda não há previsão de aprovação.

    5. Como funciona o pagamento do BPC?

    O BPC paga R$ 1.518,00 todos os meses, sem descontos. O pagamento segue o calendário de pagamentos do INSS. O valor do LOAS BPC é reajustado automaticamente todo ano, no mês de janeiro e acompanha o salário mínimo.

    6. Quando o BPC é aprovado, recebo valores atrasados?

    Sim! Você recebe todos os valores acumulados desde a data do pedido. Se você  fez o pedido em março e foi aprovado em agosto, receberá os valores de todos os meses anteriores (março, abril, maio, junho, julho) juntos no primeiro pagamento.

    7. O BPC tem alguma vantagem em relação aos outros benefícios do INSS?

    Sim! O BPC não exige nenhuma contribuição ao INSS e não tem descontos. Você recebe o valor integral e tem a garantia de reajuste anual que acompanha o valor do salário mínimo.

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    Conclusão

    Agora você tem a resposta definitiva: o BPC não paga décimo terceiro salário

    Nós entendemos juntos que isso acontece porque o BPC é um benefício assistencial, criado com o objetivo de garantir o básico para a sobrevivência com dignidade das pessoas que mais precisam.

    É claro que a falta do décimo terceiro no BPC pode decepcionar, especialmente considerando a importância desse dinheiro extra para as famílias brasileiras. 

    Mas é importante lembrar que o BPC oferece algo fundamental: segurança.

    Todo mês, sem falta, os beneficiários do BPC recebem R$ 1.518,00 na conta. Este valor pode não ser alto, mas ajuda com as necessidades básicas.

    Além disso, vimos que existem projetos de lei tramitando no Congresso Nacional para mudar essa situação e adicionar o décimo terceiro ao BPC. Isso mostra que há esperança na conquista desse direito no futuro.

    Se você acredita que tem direito ao BPC, não deixe de buscar esse benefício. Mesmo sem pagar décimo terceiro, ele pode proporcionar mais dignidade, segurança financeira e tranquilidade para você e sua família.

  • Valor do BPC LOAS 2025: Quanto você vai receber do INSS

    Valor do BPC LOAS 2025: Quanto você vai receber do INSS

    Se você está se perguntando qual é o valor do BPC LOAS 2025, chegou ao lugar certo.

    Isso porque, após descobrir o que é BPC e quem tem direito, é normal queres entender: quanto você irá receber por mês do BPC LOAS?

    💡
    Vamos ao que interessa: o valor do BPC LOAS 2025 é de um salário mínimo por mês, ou seja R$ 1.518,00.

    Esse valor pode significar a diferença entre passar necessidades ou ter o mínimo para uma vida digna.

    Para milhões de famílias brasileiras, esse benefício representa a única fonte de renda estável e por isso garante a possibilidade de arcar com algumas necessidades básicas.

    Mas fique com agente ao longo deste artigo, para entender tudo sobre o valor do bpc loas 2025, ou seja, o valor atual do LOAS, como funcionam os reajustes deste benefício, se o BPC paga 13º, como os pagamentos são feitos e como receber valores atrasados do BPC.

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    Qual é o valor do LOAS em 2025?

    Como dissemos, o valor do LOAS em 2025 é de R$ 1.518,00 por mês.

    Esse valor não é aleatório.

    A lei define que o BPC sempre paga exatamente um salário mínimo para seus beneficiários. 

    Isso significa que quando o salário mínimo aumenta, o valor do BPC LOAS aumenta junto.

    É importante esclarecer: o valor do BPC sempre vai ser igual para todas as pessoas que o recebem e sempre vai ser um salário mínimo por mês.

    Ou seja, não importa se o beneficiário é idoso acima de 65 anos, pessoa com deficiência ou pessoa com autismo.

    Também não importa se mora em cidade grande ou pequena ou se o grau de deficiência é leve ou severa: o valor do LOAS será sempre o mesmo para todos: um salário mínimo, sem descontos!

    Porque o BPC paga sempre um salário mínimo?

    A Constituição Federal determina que nenhum benefício assistencial pode ser menor do que um salário mínimo.

    Quando o salário mínimo é atualizado, o BPC irá acompanhar esta atualização. Isso garante que o valor do BPC sempre manterá o seu poder de compra mínimo para sobrevivência.

    Essa é uma proteção importante contra a desvalorização do benefício ao longo do tempo.

    Diferente da aposentadoria, que pode ter valores variados dependendo das contribuições, o BPC tem valor fixo e previsível (lembrando que BPC não é aposentadoria).

    Isso facilita o planejamento familiar e garante segurança aos beneficiários.

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    Como funciona o reajuste do BPC LOAS?

    Todo início de ano, milhões de beneficiários ficam ansiosos para saber o novo valor do LOAS

    O reajuste acontece sempre em janeiro, junto com o aumento do salário mínimo nacional.

    O novo valor do BPC LOAS começa a valer sempre no pagamento de janeiro de cada ano, que ocorre entre os últimos dias de janeiro e primeiros de fevereiro, dependendo do calendário de pagamentos do INSS.

    Não é necessário fazer nada para receber o valor atualizado – o reajuste é automático.

    Histórico de valores do BPC:

    O valor do BPC 2024 era de R$ 1.412,00 enquanto o valor do bpc 2025 é de R$ 1.518,00

    Isso significa que o valor do benefício teve um aumento de R$ 106,00 de 2024 para 2025, representando um reajuste de 7,5%

    Esse aumento acompanha a política de valorização do salário mínimo e ajuda a proteger o poder de compra dos beneficiários contra a inflação.

    O que o valor do BPC não inclui

    Ao contrário do que muitos pensam, o BPC é diferente de uma aposentadoria convencional.

    Por ser um benefício assistencial que não requer nenhuma contribuição ao INSS, ele tem suas características próprias. Vamos ver:

    • O BPC não paga 13º salário: o benefício é de apenas 12 parcelas por ano, uma a cada mês. Enquanto aposentados recebem um salário extra em dezembro, os beneficiários do BPC recebem somente o valor mensal.
    • O BPC LOAS também não gera direito a pensão por morte: Quando o beneficiário do BPC (quem recebe o benefício) falece, o benefício é encerrado. Ou seja, seus dependentes não irão receber pensão, diferente do que acontece com a aposentadoria.

    Essas regras existem porque o objetivo do BPC LOAS é garantir um valor mínimo para a sobrevivência das pessoas mais vulneráveis, e não substituir uma aposentadoria.

    Como o BPC LOAS é pago?

    Conseguir que o benefício seja aprovado é uma vitória importante, mas surge aquela dúvida: como vou receber o dinheiro do BPC? E o primeiro pagamento, como funciona? 

    É simples, quando seu BPC é aprovado, você recebe uma carta oficial do INSS pelos Correios. Guarde bem esse documento!

    Nela estão informações fundamentais como a confirmação de que seu benefício foi aprovado, o valor que você tem direito a receber, qual banco foi escolhido para o pagamento, a agência específica onde deve comparecer e o prazo para fazer o primeiro saque.

    Diferente dos pagamentos seguintes, o primeiro saque deve ser feito pessoalmente na agência bancária. 

    Isso acontece porque o banco precisa confirmar sua identidade, entregar seu cartão e garantir que você entenda todas as opções de recebimento. É um procedimento de segurança.

    Após o primeiro pagamento presencial, você entrará na rotina mensal de recebimento. O valor do BPC será depositado todos os meses na sua conta, seguindo o calendário de pagamentos do INSS.

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    Uma grande vantagem: pagamento dos atrasados

    Essa é uma excelente notícia que muitos não sabem: o primeiro pagamento do BPC inclui todos os valores somados desde a data em que você fez o pedido no INSS

    Isso significa que você não perde nada desde o momento do pedido até a aprovação do benefício, independentemente de quanto tempo o INSS demorar para aprovar o seu pedido.

    Vamos ver como isso funciona na prática?

    Maria fez o pedido do BPC em fevereiro e o benefício foi aprovado somente em junho.

    Quando foi ao banco, Maria recebeu cinco meses de uma só vez: fevereiro, março, abril, maio e junho.

    Isso significa R$ 1.518,00 multiplicado por 5, o que totalizou R$ 7.590,00 no primeiro pagamento.

    A partir do mês seguinte, Maria passou a receber normalmente seu benefício mensal de R$ 1.518,00, sempre na data definida pelo calendário do INSS.

    Receber os valores atrasados, considerados desde a data do pedido é um direito seu. Pois a lei reconhece que sua necessidade existia desde o momento do pedido, não apenas quando saiu a aprovação

    Ou seja, mesmo se o INSS demorar para analisar o seu pedido, você não sairá no prejuízo e receberá de uma só vez todos os valores dos meses em que seu pedido estava sendo analisado.

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    Bolsa família e BPC

    Atualmente, o Bolsa Família é considerado como renda para o cálculo do BPC

    Isso significa que quem recebe bolsa família pode receber BPC LOAS, mas o valor que sua família recebe do programa pode impactar negativamente no direito ao benefício.

    Diferente do que muitos ainda acreditam, o valor do BPC pode ser negado se, ao somar o Bolsa Família com as outras rendas da família, o valor médio por pessoa ultrapassar R$ 379,50 (1/4 do salário mínimo em 2025).

    Esta regra cria uma situação complicada: famílias que recebem ajuda do governo através do Bolsa Família terão seu BPC negado por não cumprirem o critério de renda.

    Para entender o porquê seu BPC pode ser negado se você recebe Bolsa Família, dê uma olhada no nosso artigo quem recebe Bolsa Família pode receber BPC LOAS.

    Conclusão

    Vimos que o valor do BPC LOAS em 2025 é de R$ 1.518,00

    Esse valor representa muito mais que um número, é a garantia da lei de que nenhum idoso com 65 anos ou mais, ou pessoa com deficiência em situação de vulnerabilidade socioeconômica ficará desamparado.

    Sempre equivalente a um salário mínimo e atualizado todos os anos, o Benefício de Prestação Continuada assegura o mínimo para a sobrevivência com mais dignidade.

    Lembre-se: o BPC não é aposentadoria, não paga 13º salário, mas garante uma renda mensal estável para muitas pessoas.

    Por isso, não deixe de buscar esse direito que pode significar comida na mesa e maior segurança financeira.

  • Requisitos da Pensão por Morte

    Requisitos da Pensão por Morte

    A pensão por morte é um dos benefícios mais importantes do sistema previdenciário brasileiro.

    Este benefício garante uma renda contínua aos dependentes de um segurado do INSS que faleceu. 

    No entanto, para ter direito à pensão por morte, é necessário cumprir alguns requisitos estabelecidos pela lei. 

    Com as mudanças trazidas pela Reforma da Previdência de 2019, algumas regras foram ajustadas, por isso é essencial entender como essas regras funcionam em 2025.

    Neste artigo, vamos explorar quais são os requisitos da pensão por morte, abordando todos os conceitos relacionados. Neste texto, iremos trazer exemplos práticos e para te explicar como esses requisitos se aplicam no dia a dia.

    Vamos lá?

    O que é necessário para ter direito à pensão por morte?

    Vimos que a pensão por morte é um benefício muito importante, porque garante renda mensal aos familiares que dependiam financeiramente de uma pessoa que faleceu, ajudando a manter o sustento dos dependentes após a perda.

    Para poder fazer o pedido desse benefício, é necessário que estejam presentes 3 requisitos básicos:

    1. Morte (óbito) ou morte presumida do segurado;
    2. Qualidade de segurado do falecido;
    3. Existência de familiares que dependiam financeiramente do falecido;

    Esses três requisitos – morte ou morte presumida, qualidade de segurado e existência de dependentes financeiros – são a base para conquistar o direito à pensão por morte.

    Entendê-los é o primeiro passo para garantir seu benefício, por isso, vamos explicar cada um desses requisitos a seguir.

    Morte (óbito) ou morte presumida de um segurado do INSS

    A morte (óbito) ou a morte presumida do segurado é o requisito básico da pensão por morte

    Isso significa que o benefício só pode ser solicitado após a confirmação da morte de um segurado do INSS ou, em casos específicos, da declaração de morte presumida (quando a pessoa desaparece e é considerada morta por decisão da justiça).

    • Óbito: óbito significa morte, e ela deve ser comprovada por meio da certidão de óbito, emitida pelo cartório.
    • Morte Presumida: Em casos de desaparecimento, é necessário uma decisão judicial declarando a “morte presumida”.

    Além disso, para que os familiares de uma pessoa falecida possam solicitar a pensão por morte é necessário que a pessoa que faleceu fosse segurado do INSS (estivesse trabalhando com carteira assinada ou contribuindo ao INSS como autônomo) ou tenha qualidade de segurado. Vamos analisar este requisito na sequência.

    Qualidade de segurado

    O segundo requisito é que o falecido tivesse qualidade de segurado do INSS no momento do seu falecimento. 

    Ou seja, os familiares de uma pessoa falecida terão direito à pensão por morte apenas se a pessoa falecida estivesse contribuindo regularmente para o INSS ou dentro do período de graça (tempo em que o segurado mantém seus direitos mesmo sem contribuir).

    • Contribuindo regularmente ao INSS: O segurado estava em dia com suas contribuições ao INSS.
    • Período de graça: Mesmo sem contribuir, o segurado mantém seus direitos previdenciários por um período determinado, que varia de acordo com a situação.
    💡
    Período de graça é o tempo durante o qual o trabalhador mantém sua qualidade de segurado mesmo sem contribuir ao INSS.
    Normalmente este período é de 12 meses, mas pode ser prolongado por mais 24 meses se for comprovado que o trabalhador está desempregado e já tenha recolhido mais de 180 contribuições ao INSS ao longo da vida.

    Ainda devemos indicar que, caso a pessoa falecida tenha perdido a sua qualidade de segurado do INSS à época do falecimento, ainda pode ser possível ter direito à pensão por morte caso tenha cumprido todos os requisitos para a aposentadoria até a data do seu falecimento.

    Existência de dependentes financeiros do falecido

    Para poder receber a pensão por morte é necessário ser dependente financeiro da pessoa falecida.

    Para o INSS, podem ser considerados dependentes apenas as seguintes pessoas:

    1. Cônjuge (esposa ou marido);
    2. Companheiro(a);
    3. Filhos  menores de 21 anos;
    4. Filhos com deficiência considerada grave, independentemente da idade;
    5. Pai e mãe, que comprovarem dependência econômica em relação ao falecido;
    6. Irmãos menores de 21 anos, que comprovarem dependência econômica em relação ao falecido;
    7. Irmãos com deficiência grave, independentemente da idade, e que comprovarem dependência econômica em relação ao falecido.

    A lei define uma regra de preferência em relação aos dependentes.

    Se você quiser saber mais detalhes sobre quem tem direito à pensão por morte acesse nosso artigo sobre “Quem tem direito à pensão por morte” clicando aqui.

  • Renda Per Capita: Como Saber se Você Tem Direito ao BPC

    Renda Per Capita: Como Saber se Você Tem Direito ao BPC

    Você sabia que existe um benefício de um salário mínimo mensal para idosos com 65 anos ou mais, pessoas com deficiência e autistas que vivem em situação de baixa renda?

    Pois é! O BPC LOAS (Benefício de Prestação Continuada) pode garantir essa segurança financeira para você ou alguém da sua família.

    Mas aqui está o ponto importante: para ter direito ao BPC LOAS, um dos critérios é que a renda per capita da sua família não pode passar de ¼ do salário mínimo

    Em 2025, isso significa que cada pessoa da família deve ter, no máximo, R$ 379,50 de renda mensal.

    Este valor é calculado por meio da média de todos os rendimentos da família e não individualmente.

    Neste artigo você vai entender como descobrir a renda per capita da sua família e verificar se você pode fazer o pedido do BPC e receber um salário mínimo todos os meses do INSS.

    Vamos lá?

    O que é renda per capita para o BPC?

    O nome pode parecer complicado mas na verdade é muito simples: renda per capita é o valor total que a família ganha, dividido pelo número de pessoas da sua família que moram na mesma casa.

    Em outras palavras, é como se o governo quisesse saber:

    “Quanto, em média, cada pessoa dessa família tem para viver a cada mês?”

    💡
    Mas atenção: nem todas as pessoas da família contam para o cálculo da renda familiar per capita.

    Primeiramente, é importante saber o que o INSS considera como família para o BPC, depois disso você pode fazer o cálculo da renda familiar per capita.

    Este cálculo é muito importante porque é ele que vai determinar se você cumpre um dos principais requisitos do benefício. 

    Por isso, calcular corretamente a renda per capita da sua família é o básico para verificar se você pode receber o BPC.

    Como Calcular a Renda Per Capita?

    Agora que sabemos o que significa renda per capita, vamos ver passo a passo como calcular:

    Primeiro passo: Some Toda a Renda Familiar

    Primeiro, você precisa somar todos os rendimentos que as pessoas da sua família recebem no mês. 

    Você deve considerar:

    • Salários (carteira assinada, contrato temporário);
    • Aposentadorias e pensões do INSS;
    • Pensão alimentícia (se alguém recebe);
    • Benefícios trabalhistas (como seguro-desemprego);
    • Rendas de trabalho autônomo (vendas, prestação de serviços);
    • Aluguéis (se a família tem imóvel alugado);
    • Outras rendas (comissões, pró-labore);

    Segundo passo: Conte as Pessoas da sua Família que moram na mesma casa

    Aqui existe um detalhe importante: nem todas as pessoas contam como família para o BPC.

    Neste passo, você deve contar as pessoas que vivem sob o mesmo teto e que estejam na lista a seguir:

    • Você (ou a pessoa que vai solicitar o BPC);
    • Cônjuge ou companheiro(a);
    • Pais (ou madrasta/padrasto);
    • Filhos solteiros (independente da idade);
    • Irmãos solteiros;
    • Menores tutelados;

    Terceiro passo: Divida a Renda Total pelo Número de Pessoas

    Agora pegue o valor total da renda familiar (que você conseguiu no passo 1) e divida pelo número de pessoas da família que vivem na mesma casa (que você obteve no passo 2). Esse é o valor da renda per capita!

    💡
    Renda per capita familiar = Renda total da família ÷ Número de pessoas da família que moram juntas

    Se o resultado for igual ou menor do que 1/4 do salário mínimo vigente (que em 2025 corresponde a R$ 379,50), você tem direito ao BPC LOAS (desde que cumpra os outros requisitos de idade ou deficiência).

    Outro ponto importante a ser considerado na da renda familiar per capita é quais são as rendas que entram neste cálculo e quais rendas podem ser desconsideradas, como veremos na sequência.

    O que entra no cálculo da Renda per capita?

    Este é um ponto super importante e que muitas pessoas não conhecem.

    Nem toda renda que você recebe precisa entrar no cálculo para o BPC LOAS

    Isso mesmo!

    Existem algumas rendas que o INSS não considera na hora de fazer as contas para verificar se você tem direito ao benefício.

    Vamos entender o que conta e o que não conta como renda para o INSS?

    Essa informação pode fazer toda a diferença no seu direito ao BPC!

    Primeiro, vamos ver todas as rendas que são consideradas para calcular a renda per capita da sua família.

    Rendas que são consideradas para calcular a renda familiar per capita

    Todo o dinheiro que as pessoas da sua família recebem das origens listadas a seguir são somadas pelo INSS na definição da renda da sua família:

    Rendas do Trabalho:

    • Salários (carteira assinada, contrato, temporário);
    • Comissões (vendedores, representantes);
    • Trabalho informal ou autônomo (vendas, prestação de serviços);
    • Rendas informais (trabalhos sem carteira assinada);

    Benefícios e Aposentadorias:

    • Aposentadorias do INSS ou de outros regimes;
    • Pensões por morte do INSS ou outros regimes;
    • Benefícios de previdência privada (planos de aposentadoria particulares);
    • Seguro-desemprego;
    • Auxílio Brasil;
    • Bolsa Família;

    Uma observação importante é que o Bolsa Família não era considerado renda para o BPC até junho de 2025, mas o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva alterou esta regra por meio de um Decreto.

    Por isso, a partir de junho de 2025 o Auxílio Brasil ou Bolsa Família são considerados como renda e integram o cálculo da renda familiar per capita, o que trouxe muitas dificuldades às famílias que precisam receber os dois benefícios.

    Outras Rendas:

    • Pensão alimentícia (se alguém da família recebe);
    • Aluguéis (se a família tem imóvel alugado);
    • Rendimentos do patrimônio (investimentos, aplicações);

    Rendas que não são consideradas para calcular a renda familiar per capita

    Agora, vamos verificar quais rendas não são consideradas no cálculo do INSS para definir a renda familiar per capita do BPC:

    Trabalho de Pessoas com Deficiência:

    • Salário de pessoa com deficiência como aprendiz;
    • Remuneração de pessoa com deficiência como estagiário;

    Benefícios Eventuais:

    • Auxílios assistenciais temporários (cestas básicas, auxílios emergenciais pontuais);
    • Benefícios eventuais dados pela assistência social;

    Outro BPC na Família:

    • BPC de outro familiar (quando alguém ja recebe BPC na família e você está solicitando outro);
    • Benefício previdenciário de até 1 salário mínimo;

    Documentos Importantes para Comprovar a Renda Familiar

    Como vimos, a renda familiar é um dos critérios mais importantes do BPC LOAS e a maior razão para que os pedidos sejam negados pelo INSS.

    Por isso, é de extrema importância caprichar no momento de calcular sua renda familiar e apresentar a documentação que comprove a sua renda de forma correta.

    Para assegurar os seus direitos e comprovar ao INSS que você cumpre o critério de renda do BPC, guarde os seguintes documentos:

    • Contracheques e recibos;
    • Extratos bancários;
    • Declarações de renda informal (trabalhos sem carteira assinada);
    • Comprovantes de benefícios sociais;
    • Contratos de estágio ou aprendizagem;

    Como vimos, para que você receba o BPC, o INSS precisa de provas.

    Não basta apenas dizer que sua renda per capita está dentro do limite. Você precisa comprovar cada informação que declarou.

    E aqui está a verdade: muitos pedidos são negados por falta de documentação e não porque a pessoa não tem direito.

    Por isso a documentação é um dos pontos mais importantes para que você conquiste seu BPC.

    Conclusão

    Depois destas informações, se você tem alguma dúvida sobre o BPC LOAS, calma!

    É possível pra resolver isso com a orientação certa.

    Nossa equipe de especialistas está pronta para fazer uma análise completa do seu caso sem custo e sem compromisso

    Vamos calcular sua renda per capita, verificar sua documentação e te orientar sobre os seus direitos e como conquistá-los.

    Lembre-se: o BPC LOAS pode ser um direito seu! Afinal, receber R$ 1.518,00 a mais todos os meses pode ajudar muito a sua família.

  • O que é o BPC LOAS

    O que é o BPC LOAS

    Milhões de brasileiros vivem em situação de pobreza sem saber que têm direito a um benefício que poderia transformar suas vidas. 

    O BPC, sigla para Benefício de Prestação Continuada, é um benefício do INSS que paga um salário mínimo todos os meses para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade em situação de pobreza.

    Apesar de ajudar muitas famílias, o desconhecimento sobre esse benefício ainda é enorme.

    Neste artigo vamos explicar o que é BPC, LOAS, benefício assistencial ou benefício de prestação continuada e quem tem direito.

    O que significa BPC e Quem tem Direito?

    BPC é uma sigla que significa Benefício de Prestação Continuada.

    Ele é um benefício assistencial garantido pela lei que paga um salário mínimo por mês (R$ 1.518,00 em 2025) para:

    • Idosos acima de 65 anos;
    • Pessoas com deficiência de qualquer idade (incluindo autistas);

    Em ambos os casos, para receber o benefício é necessário comprovar situação de vulnerabilidade socioeconômica, ou em outras palavras, não ter condições de se sustentar nem de ser sustentado pela família.

    Caso você queira saber mais sobre quem tem direito ao a este benefício, clique aqui.

    Diferente do que muitos pensam, o BPC não é aposentadoria mas sim um benefício assistencial.

    Benefício assistencial é um auxílio dado pelo Estado destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, ou seja, a condição em que a pessoa ou a família vive com muito pouco dinheiro, o que compromete sua dignidade e bem-estar. 

    O BPC é um direito previsto na Constituição Federal e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social LOAS (Lei nº 8.742/1993), que tem como objetivo garantir um mínimo de proteção social a quem mais precisa, como idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

    Qual a diferença entre BPC e LOAS?

    Uma das confusões mais comuns é sobre a diferença entre BPC e LOAS.

    Muitas pessoas se referem ao benefício como “LOAS” ou “benefício LOAS“, mas vamos esclarecer esta confusão.

    LOAS é a sigla para Lei Orgânica da Assistência Social. Essa é a lei que regulamentou e criou o benefício.

    Na prática, quando alguém fala apenas LOAS, pode estar se referindo ao BPC que é o benefício previsto nesta lei

    💡
    Para não esquecer: O nome correto do benefício é Benefício de Prestação Continuada, criado pela Lei Orgânica da Assistência Social.

    Por que essa confusão acontece?

    Como o BPC foi criado pela LOAS, muitas pessoas passaram a chamar o benefício pelo nome da lei.

    Então, quando alguém falar em “benefício LOAS”, “LOAS idoso” ou “LOAS deficiente”, está se referindo ao BPC.

    São termos diferentes para o mesmo benefício, mas o nome técnico e correto é Benefício de Prestação Continuada – BPC.

    Para que serve o BPC

    Este benefício foi criado com o principal objetivo de assegurar uma vida minimamente digna a idosos e pessoas com deficiência de qualquer idade em situação de pobreza.

    Por isso, ele cumpre um papel muito importante na nossa sociedade e possibilita a manutenção básica da vida de milhares de pessoas todos os meses.

    As principais funções do BPC são:

    • Garantir o mínimo para uma sobrevivência digna: Um salário mínimo mensal assegura que a pessoa possa atender suas necessidades básicas
    • Proteger grupos vulneráveis: Idosos que chegaram aos 65 anos sem conseguir se aposentar e pessoas com deficiência de qualquer idade que enfrentam barreiras para trabalhar são os focos do benefício.
    • Combater a pobreza extrema: O BPC tira famílias da miséria absoluta, garantindo uma renda mínima mensal.
    • Promover inclusão social: Com uma renda garantida, quem recebe o BPC pode participar mais ativamente da sociedade, acessar serviços e ter maior autonomia e qualidade de vida.
    • Cumprir o dever constitucional: A Constituição determina que é dever do Estado amparar pessoas em situação de vulnerabilidade. Nesse sentido, o BPC foi criado para amparar quem mais precisa.

    Para muitas famílias, o BPC é a única fonte de renda estável. É ele que garante comida na mesa, remédios para doenças crônicas, um teto sobre a cabeça.

    Além disso, em municípios pequenos e pobres, o BPC movimenta a economia local, gerando empregos indiretos no comércio e serviços.

    O benefício também promove dignidade, possibilitando que idosos que trabalharam a vida toda na informalidade possam receber um valor mensal para suas despesas básicas.

    BPC não é aposentadoria

    Esta é uma diferença importante que precisa ficar muito clara. O BPC não é aposentadoria e as diferenças são as seguintes:

    Aposentadoria:

    • Exige contribuições prévias ao INSS;
    • É um direito previdenciário (você adquire com suas contribuições ao INSS);
    • Pode ter valores variados;
    • Gera pensão por morte para dependentes;
    • Paga 13º salário;
    • É vitalícia após concedida;

    BPC:

    • Não exige nenhuma contribuição ao INSS;
    • É um direito assistencial (proteção social);
    • Valor fixo de um salário mínimo por mês;
    • Não gera pensão por morte;
    • Não paga 13º salário;
    • É revisado periodicamente e pode ser cortado caso o beneficiário deixe de cumprir os requisitos;

    A confusão acontece porque tanto aposentadoria quanto BPC são pagos pelo INSS, mas a natureza de cada um é completamente diferente.

    O BPC existe justamente para proteger quem não conseguiu contribuir ao INSS até o ponto de ter uma aposentadoria.

    Conclusão

    O BPC é muito mais que um benefício social, é a materialização do compromisso da nossa Constituição de não deixar nenhum brasileiro desamparado. 

    É um direito que garante o mínimo para uma vida digna a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

    Entender o que é o BPC é o primeiro passo para conquistar esse direito.

    Agora você sabe que este é um benefício assistencial (não precisa ter contribuído), que paga um salário mínimo mensal, que não é aposentadoria e que foi criado pela LOAS para proteger quem mais precisa.

    Se você conhece alguém que pode ter direito, compartilhe essas informações. O conhecimento pode transformar vidas e garantir dignidade para milhões de brasileiros.

    Agora, o próximo passo é entender quais são os requisitos e como solicitar o benefício.